Vivian Guilherme
A presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu a reeleição com 51,6% dos votos, contra 48,4% dos votos conquistados pelo candidato Aécio Neves (PSDB). Foram apenas 3,2% que decidiram as eleições de 2014. Apesar da vitória, Dilma foi derrotada no Estado de São Paulo e nas cidades da região. Sua maior votação ocorreu em Santa Gertrudes, com cerca de 35% dos votos. Aécio conquistou mais eleitores, com destaque para Corumbataí, onde angariou quase 80% dos votos.
Alguns prefeitos da região comentaram a reeleição de Rousseff. Nas redes sociais, o prefeito de Analândia, Rogério Ulson (PMDB), comemorou a vitória. “Vencemos mais uma! Analândia sai fortalecida politicamente pelo apoio que o prefeito deu à presidente Dilma e ao nosso líder Michel Temer. Boa sorte presidente em seu novo mandato. Que Deus a ilumine”, escreveu o prefeito, que emendou: “meus amigos, meu partido é Analândia. Acredito que também o Aécio faria um bom governo, pois é capacitado. Mas agora a campanha eleitoral acabou e gostemos ou não, será a Dilma quem governará o Brasil nos próximos quatro anos. Nós todos devemos desejar à presidenta sucesso nesse novo mandato, pois seu êxito resultará no bem comum. Isso está acima de qualquer interesse político ou partidário”.
O prefeito de Santa Gertrudes, Rogério Pascon (PTB), disse ao Grupo JC que as pesquisas já mostravam claramente a divisão e a vontade de mudança de parte da população. “O resultado foi apertado e agora a responsabilidade do governo federal aumenta, pois metade da população votou contra pedindo mudança. Que as reformas prometidas como a tributária e a política venham, como anunciadas na campanha. Nesse momento, temos que torcer para o país voltar a crescer e que o governo federal volte a fazer os repasses em sua totalidade para as prefeituras que estão precisando”, declarou Pascon.
Amarildo Zorzo (PV) prefeito de Cordeirópolis, afirmou que este é um momento decisivo para história do País, já que, a presidente reeleita terá que administrar o Brasil sob a tônica da mudança, que foi o que moveu as eleições neste ano. “Ela terá que ouvir mais o País e fazer um governo que atenda tanto a classe produtiva e como também todas as camadas sociais”, disse Zorzo
Segundo o prefeito, a administração sempre foi pautada pelo diálogo. “Recebemos recursos tanto do governo Federal como Estadual e não entendo que esse cenário político causou uma divisão do Brasil, já que cerca 30 milhões de pessoas não votaram. O fato é que foi uma eleição disputada voto a voto, mas agora é a hora de governar e fazer as tão esperadas reformas necessárias sejam políticas, tributárias ou econômicas, para que o Brasil e todos possam crescer nos próximos anos”, ressaltou o prefeito em entrevista ao JR.
Vicente Rigitano (PTB), prefeito de Corumbataí também comentou a vitória de Dilma: “Foi uma disputa bastante acirrada, ouvimos algumas ofensas que não estávamos acostumados, mas prevaleceu a democracia. No nosso município as eleições ocorreram com tranquilidade. A presidente agora precisa continuar trabalhando e deve abrir espaço para outros partidos para poder governar bem. E esperamos que Corumbataí continue sendo lembrada e beneficiada”.
O prefeito de Rio Claro, Du Altimari (PMDB), que ativamente trabalhou na campanha do PT, a reeleição de Dilma é positiva para Rio Claro, que poderá continuar os projetos em andamento com recursos do governo federal. Ele disse que temia por uma vitória tucana, porque não sabia se esses projetos teriam continuidade. Além disso, a vitória petista fortalece o grupo do governo municipal para as eleições de 2016.
Entretanto, Altimari avalia que não será fácil para Dilma a relação com o Congresso. Para ele, em seu primeiro mandato, a presidente deixou a desejar nesse quesito, não investindo no relacionamento com o Congresso. Ele espera que esse ponto seja revisto no novo mandato. Sobre o apoio maciço ao PSDB nas cidades da região, Altimari considera que o governo precisa analisar o fato para verificar o que aconteceu no Estado de São Paulo. Segundo ele, mesmo nas cidades onde o governo federal teve presença marcante, isso não se refletiu em votos. Esse fato precisa ser analisado para se compreender melhor o recado das urnas.