(FOLHAPRESS) – Rupert Grint, 31, engrossou o coro de atores da franquia “Harry Potter” que decidiram criticar a escritora britânica J.K. Rowling, 54, por comentários considerados transfóbicos. Na semana passada, a autora da saga de fantasia usou sua conta no Twitter para comentar um artigo sobre “pessoas que menstruam”. “Pessoas que menstruam’. Tenho certeza que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude?”, escreveu.

Em seguida, internautas a acusaram de estar desconsiderando a vida de mulheres transexuais, ao que respondeu que aquela seria uma questão de “sexo”. “Se sexo não é real, a realidade vivida por mulheres globalmente é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a habilidade de muitos discutirem suas vidas. Não é ódio falar a verdade”, afirmou.

Uma enxurrada de internautas logo se posicionou contra J.K. Rowling, o que levou atores que ganharam fama graças às adaptações de sua saga literária para o cinema a se posicionar. O último deles foi Grint, que interpretou Rony Weasley nos oito filmes de “Harry Potter”. Em entrevista ao jornal britânico The Times, o ator disse que permanece “firme ao lado da comunidade trans”. “Mulheres trans são mulheres. Homens trans são homens. Todos nós devemos ter o direito de viver com amor e sem julgamento”, disse à publicação.


Com a declaração, todo o trio protagonista de “Harry Potter” agora já se posicionou contra os comentários de J.K. Rowling. Daniel Radcliffe, que viveu o bruxinho que dá nome à saga, fez declarações semelhantes às de Grint, reforçando que mulheres trans são mulheres como quaisquer outras.
Já Emma Watson, intérprete de Hermione, foi ao Twitter comentar o caso: “Pessoas trans são quem elas dizem ser e merecem viver suas vidas sem serem constantemente questionadas ou ouvirem que não são quem dizem ser”.

Outros rostos conhecidos dos filmes de “Harry Potter” que não defenderam a autora foram Katie Leung, a Cho Chang, e Bonnie Wright, a Gina, irmã de Rony Weasley. Eddie Redmayne, estrela da saga derivada “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, também condenou os comentários da autora.
No Reino Unido, uma escola ainda decidiu trocar o nome de uma de suas unidades, antes batizada em homenagem a J.K. Rowling, já que a escritora “não é mais um modelo apropriado” para seus alunos.

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