Com o final do ano se aproximando e a data do ENEM chegando, assim como os vestibulares das grandes universidades, os estudantes estão cada vez mais se preparando para prestar as provas que os ingressarão nos cursos que almejam. Mas a realidade de estudo está bastante diferente do ano passado. E não só na modalidade sala de aula.
A reportagem do JC conversou com quatro jovens que buscam vagas em universidades, estão cursando o ensino regular, e todos contaram um pouco sobre a rotina de estudo e falaram sobre os prós e contras da pandemia nesse momento tão decisivo da vida.
Victória Carolina de Arruda Clemente, de 18 anos, é estudante da Etec Prof. Armando Bayeux da Silva e prestará vestibular para o curso de fisioterapia. “Pretendo prestar para UFSCar e também para a Uniararas, que estão próximas de Rio Claro, pois não quero ficar longe daqui. Minha rotina é acordar, fazer minhas aulas regulares na plataforma oferecida pela escola e depois do almoço, de um descanso, sigo estudando. Eu tenho muita facilidade de aprender ouvindo, então utilizo muito a internet, além das apostilas para tirar dúvidas”, fala. A jovem pontua ainda que é preciso disciplina, pois a distração pode acontecer de forma fácil.
Pedro Mendes também é aluno da escola técnica e prestará vestibular para medicina. “Vou prestar Unicamp, USP, Vunesp, Unifesp. E minha rotina é estudar pela manhã nas aulas regulares da escola e na parte da tarde, fazendo outros cursos, como de redação e também cursinho preparatório. A pandemia para mim tem seu lado positivo e negativo. É bom, pois conseguimos descansar mais, mas acabamos ficando mais tempo no computador, sem ter nada para distrair, ninguém para conversar, acabamos ficando mais tempo sozinhos, acaba tendo os dois lados”, aponta.
Fellipe Zamuner Fuzaro é estudante do COC e, aos 17 anos, ainda não decidiu o curso, apenas as instituições. “Unicamp, USP e Unesp.” Com uma rotina de dedicação, o jovem acorda cedo e é perseverante nos estudos. “É preciso ter foco e perseverar, pois aprender é fundamental e não deixar passar batido, às vezes mudar o método pode ajudar”, fala.
Larissa Santos de Freitas, de 18 anos, está focada em psicologia e também em biomedicina e nas instituições Unicamp, Enem, Vunesp, Fuvest e vestibular da FHO.
Estudante do Claretiano Colégio pela manhã, a jovem conta que faz as aulas EAD, mas que na parte da tarde estuda sozinha, pelo cursinho online, mas que as distrações algumas vezes atrapalham e que a ansiedade também toma conta. “Na metade do tempo eu fico pensando sobre o que eu tenho que fazer se não passar em nenhuma faculdade: se vou trabalhar, fazer cursinho, tentar entrar numa particular ou fazer um curso técnico”, finaliza.