O técnico Luis dos Reis tem observado jogadores das divisões do Brasileiro e visa iniciar os treinamentos no mês de novembro

Matheus Pezzotti

O técnico Luis dos Reis tem observado jogadores das divisões do Brasileiro e visa iniciar os treinamentos no mês de novembro
O técnico Luis dos Reis tem observado jogadores das divisões do Brasileiro e visa iniciar os treinamentos no mês de novembro

Na cidade desde a última quarta-feira (24), o técnico do Rio Claro FC, Luis dos Reis, atendeu a reportagem do JC na quinta-feira, no Schmidtão, para, além de se apresentar à torcida, falar sobre o planejamento que está sendo feito para a disputa do Paulistão 2016.

Aos 53 anos, começou a carreira em 1996, na base do Palmeiras, do infantil ao time B. Na primeira passagem ficou três anos e, na segunda, dois, trabalhando na época de Luiz Felipe Scolari. Depois trabalhou no Botafogo de Ribeirão Preto como auxiliar de Muricy Ramalho, que acabou se tornando seu amigo pessoal, e depois como treinador na Caldense, Portuguesa Santista, Inter de Limeira e, fora do país, com duas passagens no Japão e depois na África do Sul, por três anos, até a Copa do Mundo de 2010, tendo uma afinidade com Joel Santana e Carlos Alberto Parreira, e depois foi para o Marília.

“Subi o time dois anos consecutivos e, neste ano, infelizmente, as coisas não foram como nos outros, pensamentos diferentes, acabei saindo na terceira rodada, não tive tempo de mostrar o meu valor, mas faz parte do futebol. Já existia um contato desde o ano passado com o presidente Luiz Balbo e dessa vez acabamos acertando”, comenta.

Ainda neste ano, dirigiu a Matonense já durante a série A-2, mas acabou demitido após três derrotas seguidas e leva como aprendizado sua conturbada passagem no Marília na elite e ressalta a estrutura do Galo Azul.

“Não posso dizer que será de fato minha estreia. Participei de três jogos neste ano pelo Marília. O futebol é feito de cima para baixo. Aqui no Rio Claro FC, a gente sabe que é um clube idôneo, que respeita os profissionais, que se preocupa em administrar do jeito que é a primeira divisão e o futebol não foge disso. O time que não for organizado tende a caminhar igual ao Marília. Ganhei experiência e o crescimento meu foi muito bom. A credibilidade aqui é muito grande e isso fortalece muito o trabalho do treinador”, destaca.

Para Luis dos Reis, no Paulistão cabem jogadores de todas as divisões do Brasileirão e assiste a “tudo que tem pela frente”, seja em casa ou nos estádios, e visitou o Schmidtão para conhecer a estrutura e se adaptar à filosofia do clube para montar o elenco.

“A briga vai ser grande com os outros times e quem sair na frente facilita, porque já tem um pré-contrato, uma pré-conversa e isso é interessante. E pelo histórico do clube estar em dia, favorece para contratar jogadores”, acrescenta.

Quando confirmou o treinador, Balbo disse que montará o melhor elenco que o clube já teve na elite e falou até em título. Luis dos Reis concorda em ter pensamentos positivos.

“Tem que ter esses objetivos, eu concordo. Esse negócio de que é um time pequeno, temos que respeitar os grandes, mas se você entra em uma competição pensando que esses estão muito à frente, por que entrar então? Eles têm que respeitar os outros clubes e isso mudou muito nos últimos anos, com grandes ficando atrás de times do interior e tivemos, no ano retrasado, um time do interior campeão paulista. O pensamento tem que ser esse, passar isso para os atletas e brigar por essa situação, porque você cria um ambiente bom e conquista coisas melhores”, diz.

Sobre o planejamento, projeta que primeiro é preciso saber como será o formato do campeonato e quando será seu início, mas projeta ter uma base apalavrada até outubro, para começar os treinos em novembro.

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