O presidente da Câmara Municipal, José Pereira (PSD), precisou suspender por alguns minutos a sessão por conta de um desentendimento no plenário. O episódio envolveu o vereador Luciano Bonsucesso (PL) e a vereadora Carol Gomes (Cidadania), principalmente, que protagonizaram uma longa discussão. O fato ocorreu após dois requerimentos serem apresentados na Casa destacando a possibilidade de Rio Claro contar com o serviço de moto-táxi.
Há algum tempo Bonsucesso enviou um projeto de lei para que o município autorize o serviço. Considerado inconstitucional pela Procuradoria Jurídica do Legislativo, a propositura acabou não avançando. Nas últimas semanas, no entanto, voltou a narrativa do moto-táxi ser implantado na cidade. Uma reunião envolvendo empresários do setor ocorreu com vereadores e chegaram-se ao consenso de que o Poder Executivo deva enviar o projeto de lei.
Na sessão de ontem, o vereador Luciano protocolou requerimento sobre o tema. Porém, demais vereadores como Carol Gomes, Alessandro Almeida, Serginho Carnevale, Rafael Andreeta e Hernani Leonhardt, além do próprio Luciano, também assinaram um segundo requerimento sobre o mesmo teor: solicitar ao prefeito Gustavo um projeto para regulamentação da atividade.
Durante explanação, Bonsucesso acusou indiretamente os pares de antiética, já que era o autor do projeto original. Foi o estopim para que os parlamentares se manifestassem contrariamente e reiterassem que a todo o momento citaram o próprio vereador nas articulações para que o Executivo elabore a matéria. Carol, que participou da articulação, replicou a Luciano e a discussão teve início, elevando a tensão no plenário e troca de acusações.
Diante da tensão, Pereira suspendeu a sessão, o que não adiantou, já que o bate-boca continuou, com Carol chegando a sair do local. A falta de decoro parlamentar foi exposta e a possibilidade de criação de um Conselho de Ética voltou a ser explanada pela vereadora. Ao fim, Luciano chegou a se desculpar e retirou seu próprio requerimento individual do tema.