Os motoristas estão notando: os preços dos combustíveis estão em queda. Há um ano, eram grandes as manifestações para que os valores fossem menores. As diversas brigas políticas registradas no período por conta do tema, ao que parece, surtiram efeito. A primeira grande mudança aconteceu no Estado de São Paulo, no mês de junho, quando houve a redução na alíquota do ICMS na gasolina de 25% para 18%.
Já, em julho, foi a vez da Petrobras reduzir por duas vezes seguidas os preços repassados às distribuidoras após a nova diretriz para a política de formação de preços dos combustíveis. Desta forma, já em agosto os condutores passaram a encontrar preços mais acessíveis da gasolina. Em Rio Claro, há postos vendendo o litro a menos de R$ 5,00.
Ainda no mês passado, o Governo de São Paulo também anunciou a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do etanol hidratado de 13,3% para 9,57%, fato que resultou na queda dos preços nas bombas. Com a redução dos preços praticados para a gasolina pela Petrobras, o reflexo no valor do litro do etanol também foi notado. Com isso, o combustível ficou ainda mais barato, comparado a patamares do início do ano passado.
O taxista João Carlos abastece o veículo várias vezes por dia para trabalhar e notou a mudança nos preços. “Eu observei que melhorou o preço, na esperança de que melhore mais. Quando começou a subir estava R$ 3,00 a gasolina e R$ 1,80 o etanol, a gente espera que chegue neste patamar também”, comenta.
Djalma Silva declara que “melhorou bastante o preço, de 10 dias para cá melhorou bem”, mas que também leva em consideração a qualidade do combustível ao abastecer o carro. “Têm lugares que parece que tem água, é uma luta para pegar [o carro]”, alerta.
O servidor público Diego Reis também notou economia nos gastos. “Essa queda está sendo muito boa, inclusive pode baixar até mais. A gente, que depende de utilizar o automóvel todo dia, no preço em que estava, sem condições. Nas últimas semanas eu percebi uma economia de R$ 100,00”, afirma.
O servidor público Diego Reis também notou economia nos gastos. “Essa queda está sendo muito boa, inclusive pode baixar até mais. A gente, que depende de utilizar o automóvel todo dia, no preço em que estava, sem condições. Nas últimas semanas eu percebi uma economia de R$ 100,00”, afirma.
HISTÓRICO
Em agosto de 2021, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, o preço médio praticado no litro do etanol começou a aumentar e em Rio Claro era de R$ 4,14. Já o da gasolina, no mesmo período, a média do valor era de R$ 5,46.
Hoje, encontram-se postos de combustíveis vendendo o litro do etanol numa média de R$ 3,50 e o litro da gasolina a R$ 4,99. No primeiro semestre de 2022, era comum encontrar preços altos na hora de abastecer. O etanol estava numa média de até R$ 4,89 e a gasolina até quase R$ 7,00 por litro.
DIESEL
Apesar das boas notícias para quem tem veículo que consome gasolina ou etanol, aqueles que dependem do óleo diesel cobram para que os preços diminuam, apesar de recente queda. Desde a última sexta-feira (12) que passou a valer uma segunda redução determinada pela Petrobras ainda este mês, em 4,07%. Para as distribuidoras, o preço do litro está em torno de R$ 5,41, porém para os motoristas o valor repassado hoje ainda ultrapassa os R$ 7,15. Os caminhoneiros que trafegam por Rio Claro falaram sobre os preços.
O senhor Alessandro é caminhoneiro há mais de 20 anos e lembra que com o combustível alto tudo fica mais caro. “As coisas encarecem, mas parece que agora vão melhorar bastante. Eu saí de São José do Rio Preto e o patrão pediu para abastecer aqui em Rio Claro, que é mais em conta”, revela.
O motorista Roger dos Santos, que trabalha há 16 anos com guincho na região, pede preços melhores. “A redução que teve é insignificante para o tanto que subiu. Eu procuro os postos que têm preços mais acessíveis”, declara.
O caminhoneiro Daniel Carlos Silva Prado, que viaja a vários estados brasileiros, afirma que no Estado de São Paulo é onde o preço do diesel está mais barato. “Em outras regiões é mais caro. Abasteço aqui em Rio Claro o máximo possível, porque ‘lá para cima’ está um absurdo, como em Brasília e Goiânia”, diz. O motorista espera que os preços melhorem ainda mais. “Pode baixar mais para que os patrões paguem melhor pra gente o frete”, finaliza.