Como forma de se diagnosticar precocemente o câncer ocular, passou a ser obrigatório na última semana em Rio Claro que recém-nascidos sejam examinados nos hospitais e maternidades. Trata-se de retinoblastoma, um tumor que segundo o Ministério da Saúde representa cerca de 3% dos cânceres infantis ou, em casos, 400 bebês por ano. A lei é de autoria do vereador Julinho Lopes (PP) e foi aprovada recentemente pela Câmara Municipal.
A nova legislação exige que, em caso de resultado positivo, os hospitais devem comunicar aos pais e responsáveis, além de orientá-los sobre os procedimentos bem como encaminhar para estabelecimentos de saúde habilitados e credenciados para o atendimento. As unidades hospitalares que se recusarem a realizar o exame poderão cometer infração e serem multados pela administração municipal.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), existem três tipos de retinoblastoma, a maioria dos casos, entre 60% e 75%, é unilateral, quando afeta um olho. Destes, 85% são esporádicos, e os demais são casos hereditários. Já o bilateral é quando os dois olhos são afetados, sendo quase sempre hereditário. Já o retinoblastoma trilateral é quando uma criança com tumor hereditário nos dois olhos também apresenta tumor associado nas células nervosas primitivas do cérebro.
“Os pais e responsáveis precisam ficar atentos aos principais sinais, como o “olho de gato”, em que a pupila (menina do olho) pode apresentar uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz, sendo facilmente visível em fotos tiradas com flash. A alteração na posição dos olhos é um outro alerta, como o desvio ocular (estrabismo) ou tremor nos olhos. Em todos esses casos a criança deve ser levada ao oftalmologista para um exame completo”, informa a Fiocruz.
Repercussão
Um caso de retinoblastoma que ficou conhecido foi o que acometeu a filha do apresentador Tiago Leifert e da jornalista Diana Garbin.