Motorista que quiser pode comprar o extintor, desde que seja do tipo ABC. Regra vale a partir da publicação da resolução

 

Ednéia Silva

O uso de extintor de incêndio nos veículos de passeio não será mais obrigatório no Brasil. A determinação consta da Resolução 556/2015 expedida pelo Contran que tornou facultativa a utilização do equipamento. A medida vale para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.

Motorista que quiser pode comprar o extintor, desde que seja do tipo ABC. Regra vale a partir da publicação da resolução
Motorista que quiser pode comprar o extintor, desde que seja do tipo ABC. Regra vale a partir da publicação da resolução

A obrigatoriedade do uso do extintor ABC entraria em vigor no dia 1º de outubro. No final de 2014, a norma provocou uma correria às lojas. Com isso, houve falta do produto e o preço subiu. Diante disso, o governo adiou a medida. Agora tornou o uso facultativo sob o argumento de que os novos veículos estão mais seguros contra incêndios.

O fim da obrigatoriedade do extintor começará a valer após a publicação da resolução, o que deve ocorrer nos próximos dias. Porém, o equipamento permanece obrigatório para caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos, e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.

A decisão do Contran gerou queixas de comerciantes e motoristas que compraram o extintor. Renan Mancuso, proprietário da Escape Freios, comprou um lote de 30 extintores para a loja no valor de R$ 2.500,00. Com a desobrigatoriedade do uso, ele acredita que terá prejuízos com o uso opcional. Para diminuir as perdas, ele diminuiu o preço para R$ 50,00, menos do que os R$ 69,00 que pagou. A ideia é atrair os condutores para quem o uso é obrigatório e outros que queiram ter mais segurança no carro.

O taxista Sérgio Antonio Sargaço comprou o carro já com o extintor ABC. Mesmo assim ficou indignado com a mudança, porque muitos compraram o equipamento. Para ele, alguém está lucrando com a situação. Ele lembra que o mesmo aconteceu com o kit de primeiros socorros que também foi anunciado como obrigatório em 1999, muita gente comprou, e depois foi desobrigado. Na época, a obrigatoriedade do kit movimentou um comércio de cerca de R$ 270 milhões. Sargaço foi um dos brasileiros que compraram o kit, que nunca foi utilizado.

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