Demanda por revestimentos para empreendimentos habitacionais populares tende a aumentar. Foto: Freepik.

Novas regras do programa podem impulsionar o setor cerâmico no longo prazo

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que passou por reformulações recentes, promete impulsionar o mercado imobiliário e proporcionar novas oportunidades ao setor cerâmico. Com o objetivo de contratar 2 milhões de moradias até 2026, as mudanças nas regras foram sancionadas pelo Governo Federal.

O ministro Jader Filho, responsável pela pasta das Cidades, ressalta que as alterações, incluindo a redução de juros e o aumento do subsídio para aquisição de imóveis, irão gerar impacto positivo na economia do país, criando empregos e incrementando a renda.

As melhorias no programa resultaram de discussões em conjunto com prefeituras, entidades da sociedade civil e setor privado, visando aperfeiçoar e adaptar o MCMV às necessidades de cada região.

Uma das mudanças significativas é que os imóveis serão construídos apenas em terrenos próximos a equipamentos públicos, como escolas, creches, postos de saúde e comércio. “Nossa exigência é que o MCMV seja dentro dos centros urbanos, ou em áreas contíguas aos centros urbanos para criar essa facilidade”, afirmou o ministro.


Essa redefinição tem uma relevância direta para a indústria cerâmica, uma vez que a demanda por revestimentos para esses empreendimentos habitacionais tende a aumentar. De acordo com Luís Fernando Quilici, diretor de Relações Institucionais da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer), o programa MCMV, ao estimular a construção de 2 milhões de casas populares, deverá ter um impacto extremamente positivo para a indústria cerâmica de revestimento, no longo prazo.

“O setor cerâmico é um dos principais fornecedores de materiais para a construção civil. Com as novas regras, a perspectiva é de um aumento gradual na procura por revestimentos cerâmicos para essas novas unidades habitacionais, o que impactará positivamente toda a cadeia produtiva. A indústria cerâmica está otimista e preparada para atender a essa crescente demanda”, destacou Quilici.

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