Carine Corrêa
Recentemente, o Jornal Cidade trouxe em suas páginas o outro lado da problemática envolvendo moradores de rua. A reportagem conversou com duas pessoas que integram o grupo de pessoas em situação de rua que ocupa atualmente a praça ao lado do Centro de Informações Turísticas (CIT), logo na entrada de Rio Claro.
Desta vez, as perguntas a serem feitas são: quais são as políticas públicas no município voltadas a atender esse grupo de pessoas? Existe, em Rio Claro, alguma frente da prefeitura que trabalhe exclusivamente para o atendimento de pessoas em situação de rua?
Partindo dessas perguntas, a reportagem do JC entrou em contato com a administração municipal. O caso foi encaminhado à Secretaria de Ação Social. Luci Helena Wendel Ferreira, que está à frente da pasta, detalhou como o poder público trata a questão em Rio Claro.
Qual setor da prefeitura atende essas pessoas?
O Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, é a frente que atua especificamente neste problema. Luci Helena explica que, atualmente, “Rio Claro não conta com um local que possa abrigar essa população por tempo indeterminado, lembrando que a Casa Transitória tem seu atendimento dirigido com caráter provisório e transitório”.
Os moradores de rua têm direito a passagens de ônibus?
“Atualmente o setor responsável por fornecer passagens de ônibus em Rio Claro é a Casa Transitória (Albergue)”, detalha a secretária municipal.
Quais são os lugares públicos em Rio Claro onde é mais recorrente a permanência de pessoas em situação de rua?
Um diagnóstico feito pela equipe do SEAS revela que a maior concentração da população em situação de rua encontra-se na zona central da cidade, principalmente em praças e locais abandonados e na praça em frente à Rodoviária (ao lado do CIT).
Abordagem agressiva?
As jovens Carla Oliveira e Milena Gomes trabalham nas proximidades da rotatória da Rua 14, ponto da cidade onde se concentra uma grande quantidade de pedintes. Elas relataram que algumas pessoas em situação de rua têm abordagem agressiva a alguns motoristas. No entanto, ponderam que isso varia, de acordo com a personalidade de cada um e a forma com que encaram a vida. “Eles não têm oportunidade”, pontuaram.