Antonio Archangelo
Eleito para seu sexto mandato como deputado estadual, Aldo Demarchi (DEM) conversou com o Jornal Cidade sobre projeções e prioridades para este mandato. Confira:
JC – Qual seu sentimento em relação à reeleição?
Aldo – Pelo reconhecimento e pelo quadro de frustração na política, porque a promessa era uma e não foi cumprida. E quando você sai incólume, você fica mais satisfeito ainda, com uma campanha muito barata em relação às campanhas monetaristas que vi por aí. Percebo que foi uma votação de qualidade e isso faz com que aumente demais a nossa responsabilidade neste mandato, na pior das hipóteses de manter o nível de mandato nos últimos anos.
JC – Qual a importância da representatividade política?
Aldo – O importante é você estar presente, receber informações de programas de governo que serão lançados. Como o AME, por exemplo, que cidades maiores ainda não possuem e instalamos aqui. Temos o Bom Prato e o Poupatempo, também. O que importa é a região, se não possui um representante, você pode ser atendido, mas ficará no fim da fila. No orçamento do Estado você fica por dentro das rubricas, e coloco nossas emendas alocadas, principalmente, para entidades sociais, que funcionam com voluntários, na maioria das vezes. A importância da representatividade, os votos que foram destinados aos meus adversários são utilizados para candidatos lá de fora. Rio Claro me ajudou, a região respondeu. Eu me julgo hoje um candidato com voto distrital, apesar do voto distrital ainda não estar oficializado. Depois de Rio Claro, a cidade que mais me deu votos foi Araras, depois Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Ipeúna, Itirapina. Torrinha, entre outras cidades.
JC – Você se considera uma autoridade política com este sexto mandato?
Aldo – Você é avaliado na Assembleia pelo número de votos, além do número de mandatos. Hoje a longevidade na política é muito difícil, assim de forma crescente é mais difícil.
JC – Em relação à oposição ao governo municipal, qual os planos para 2016?
Aldo – Não tenho dúvida, quando você se coloca numa posição de liderança, principalmente quando quem me procura são os jovens, é quase uma obrigação preparar alguém para passar o bastão. O que está faltando é a oportunidade para os jovens, têm muitos que entram na política e acabam mal, por serem mal aconselhados. Tive alguns equívocos que houve de você acreditar em algumas coisas que não foram reais. E, por outro lado, coisas positivas como o Gigio, meu professor. Uma pessoa muito ponderada, ética na política, me espelhei nele por tudo que fez, e possui um respeito da classe política, uma pessoa que me marcou.
JC – Mas, voltando à questão, sua reeleição depois do desastre a oposição em 2012 é um suspiro para 2016?
Aldo – Eu acho que você vai ficar impressionado de quem vem aí, são pessoas jovens, preparadas. Porque a qualidade e o preparo caíram demais, e não estou falando de buscar o Zé do Pirulito para ter votos. Quem esteve me ajudando foram pessoas religiosas, estudantes. E vou dizer para você, fiquei bobo de ver jovens que são especialistas em ferramentas digitais.
JC – Mas, Aldo, hoje existe frente ao atual governo?
Aldo – Não tenho dúvidas, uma frente natural.
JC – Dentro destas declarações suas, existe a possibilidade do ex-prefeito ser o candidato em 2016?
Aldo – Acho que ele está mais é cuidando das empresas e negócios dele. Não tive tempo de falar com ele sobre minha campanha. Sem dúvida é uma liderança que não deve ser esquecida. Porém, eu estou mais para o novo! Acho também que não dá mais para fazer aventura.
JC – Prioridades para este novo mandato?
Aldo – Este mandato vai até dia 15 de março de 2015, como 40% dos deputados não voltaram, as discussões podem ser atrapalhadas. Entre as prioridades, vejo essencial a transformação do Aglomerado de Piracicaba em região metropolitana com maior participação no orçamento da União, do Estado, isso é uma meta junto com o deputado que foi reeleito, meu amigo Roberto Moraes. Tenho um projeto, que Rio Claro vai usufruir muito, que é o Preserva SP. Eu falo porque nossa floresta pode ser beneficiada. Quando falamos da floresta, é a história todinha da ferrovia, as oficinas, os acervos do museu, gabinete de leitura, o sofrimento para se restaurar o museu, a Usina Corumbataí, Rio Claro tem o que preservar, é simplesmente fazer que a lei seja utilizada para termos recursos, parte técnica e de orientação para estes bens. E ficar antenado, surgiu um projeto novo, tenho certeza de que o governador trará novos projetos, já arrumaremos uma maneira de aplicá-los na cidade. Como o projeto que nasceu na cracolândia e que trazemos para o Bezerra de Menezes. Defendendo o ensino técnico da cidade, vamos continuar em cima para conseguirmos mais um Bayeux e a Fatec.