Wagner Gonçalves
Em 8 de dezembro, a Igreja Católica celebra uma das datas mais importantes do calendário dos santos, a Imaculada Conceição. Dada a importância, o dia já foi considerado feriado nacional durante muitos anos no Brasil, e em alguns municípios, por ser a padroeira, a Virgem é celebrada com festejos e celebrações solenes até hoje.
Por meio do Decreto de Lei nº 8.292, de 1945, o presidente da República declarou como “feriado em todo o território nacional”, conforme constava no artigo 1º. No entanto, com o passar dos anos, apenas as cidades que tinha por padroeira a Imaculada Conceição mantiveram a determinação.
Em cidades como Campinas e Piracicaba, por exemplo, o fim de semana se estendeu com o feriado desta segunda-feira (8). Na região, apenas Ipeúna que se enquadra nesse grupo. Para comemorar, a Paróquia Matriz da Imaculada Conceição celebrou missa solene, com coroação da imagem, logo pela manhã.
A maioria das repartições não terá expediente, em Ipeúna. No Paço Municipal, por exemplo, o atendimento ocorre normalmente nesta sexta-feira (05), sendo retomado na terça-feira (09) a partir das 8h. Alguns serviços, entretanto, atenderão em caráter emergencial no feriado. Quem precisar de cuidados médicos pode procurar o Serviço de Atendimento 24 horas, da Unidade Mista de Saúde de Ipeúna, que atenderá normalmente. Já a unidade de Saúde da Família (PSF) volta a funcionar na terça-feira. A Assistência Farmacêutica, que atende na UMS, também não tem expediente na segunda-feira.
IMACULADA CONCEIÇÃO
De acordo com a tradição religiosa, o termo se refere à Maria, mãe de Jesus, ter sido concebida no ventre de sua mãe, Ana, sem o pecado original. A herança negativa de Adão e Eva não teria sido transferida a ela, preservando-a deste primeiro pecado. No entanto, a Igreja ocidental tinha certa dificuldade para a aceitação deste dogma.
Em 1304, o Papa Bento XI, em assembleia, reuniu na Universidade de Paris doutores eminentes em Teologia, para esclarecer tais questões. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho.
No dia 8 de dezembro de 1854, por meio da carta Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”. Em 1858, os relatos da jovem Bernadette, considerada a santa que teria visto a mãe de Jesus, confirmaram a definição dogmática no que ouvira da Virgem: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.