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O banho e a tosa para cães e gatos vão muito além da questão de estética. Manter a higiene do animal é uma questão de saúde, tanto do pet quanto do seu dono. A sujeira acumulada nos pelos e pele dos bichinhos pode trazer, além de mau cheiro, uma série de doenças dermatológicas.
Cada animal tem necessidades específicas quanto ao tipo de tosa e a frequência ideal de banhos. Os gatos, por exemplo, são conhecidos por serem extremamente exigentes quanto à limpeza. Eles cuidam de sua própria higiene tomando longos “banhos de língua”. Porém sozinhos, os felinos não conseguem dar conta do trabalho. Segundo a médica veterinária Luciana Murai Soares, especialista em Dermatologia Veterinária, é um mito pensar que somente a higiene realizada através da lambedura diária feita pelo gato é suficiente para mantê-lo limpo. “O banho é responsável por retirar os pelos mortos, o excesso de sujeira e para manter a integridade da pele e pelo do animal, diminuindo desta forma a chance de adquirir doenças”, diz.
Segundo Luciana, é importante que os gatos sejam acostumados desde filhotes aos banhos e às escovações frequentes. “Os banhos podem ser dados com intervalos maiores, dependendo da raça, coloração do pelo e necessidade do dono, por exemplo. Já a escovação pode ser feita regularmente, sempre com escova apropriada e de cerdas macias”, explica.
Quando se trata de cães, as indicações quanto a banho e tosa variam de acordo com o perfil de cada animal. O ambiente no qual o cachorro vive, sua raça, porte, coloração da pelagem e a presença ou não de doenças dermatológicas influenciam diretamente na frequência dos banhos e tosas. “Em média, é recomendado que os cães tomem banhos a cada sete ou 15 dias. No caso dos banhos terapêuticos, quando o animal apresenta algum problema de pele, o banho pode ser dado duas vezes por semana ou de acordo com a recomendação do médico veterinário”, fala Luciana.
Além do banho, a tosa é importante especialmente para cães de pelagem mais longa. Cães de raças como bichon frisé, chow chow, lhasa apso, maltês, poodle e yorkshire, por exemplo, precisam ser escovados com frequência e tosados periodicamente, a fim de evitar nós na pelagem. Conforme a médica veterinária, “pelos longos podem embaraçar e criar um ambiente propício para o acúmulo de sujidades e até problemas dermatológicos”.
Mais do que utilizar somente produtos feitos especialmente para cães e gatos e estar atento quanto à temperatura da água utilizada no banho e tosa, a secagem correta da pelagem é fundamental. “A secagem é uma etapa muito importante do banho, pois evita que a pele e o pelo fiquem úmidos, o que pode favorecer a proliferação de bactérias e leveduras, principalmente para aqueles animais que já possuem predisposição a ter doenças cutâneas”, explica a médica veterinária. Mesmo em animais de pelo curto, somente o uso de toalhas não é suficiente para deixar a pelagem completamente seca, sendo necessário o uso de secadores.
Apesar de ser muito comum os próprios donos darem banhos em seus animais, o ideal, segundo a veterinária, é que os banhos e tosas sejam realizados por profissionais de pet shops. “No banho e tosa há profissionais especializados em estética animal e que estão aptos a escolher os melhores produtos (xampus e condicionadores), e equipamentos (escovas, pentes, secadores, sopradores), a fim de realizar o procedimento correto de acordo com a característica de cada animal”, enfatiza. Além disso, o enxague e a secagem são mais eficientes quando realizados por profissionais, já que a temperatura da água e do secador é fundamental para garantir a saúde da pele e pelo do seu animal.