Agentes de combate às endemias falam sobre o trabalho

Agentes visitam diariamente uma média de 150 residências em Rio Claro

Denise Basses e Marcelino Henrique Schenetzler visitam diariamente uma média de 150 residências em diferentes regiões da cidade

O Dia Internacional do Trabalhador e celebrado nesta quarta-feira. 1ª de maio não só no Brasil, mas em cerca de 80 países mundo afora. Por aqui, a celebração começou em 1925, virando decreto após a Greve Geral em 1917, mas as mudanças significativas só vieram com a Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943.

Mas o dia 1º de maio é escolhido homenagear os trabalhadores não à toa. Nesta data, em 1866, trabalhadores de diversas cidades dos Estados Unidos foram às ruas solicitando a redução da carga horário máxima de trabalho por dia. O protesto terminou em repressão, mortes dos dois lados. O movimento ganhou força pelo mundo, sendo aderido por trabalhadores europeus em 1987.

NÚMEROS

Segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o número de empregados cadastrados no Brasil em 2022 foi 52,790,864, o que representa uma variação de 8.34% em relação ao ano anterior. A remuneração média do trabalhador no ano de 2022 foi de R$ 2620,61.

Ainda de acordo com os dados, em 2022, os grupos ocupacionais com maior número de empregados, independentemente da faixa etária, eram Escriturários Em Geral, Agentes, Assistentes E Auxiliares Administrativos (4,411,973), Vendedores E Demonstradores (4,033,824), e Trabalhadores Nos Serviços De Administração, Conservação E Manutenção De Edifícios E Logradouros (3,454,053).

RIO CLARO

E falando em agentes, o município de Rio Claro atua arduamente para reduzir os números da dengue. E são exatamente eles, os agentes de combate as endemias que todos os dias saem às ruas e batem de porta em porta, conscientizando a população, eliminando os criadouros e enfrentando muitos desafios para poder exercer o ofício. São em média, 150 casas visitadas por dia.

Para entender como funciona o dia a dia dos agentes, a reportagem do JC acompanhou Denise Basses e Marcelino Henrique Schenetzler durante a visitação de algumas residências na região central da cidade.

“Enfrentamos muitos desafios todos os dias, recebemos muitas recusas, as pessoas muitas vezes nos veem chamando, pelo portão, pelas câmeras e mesmo assim não abrem para que possamos vistoriar as áreas abertas das residências. É importante deixar bem claro que esse é o nosso trabalho, fazemos com todo respeito e descrição, sempre focados em combater os criadouros e larvas, para que possamos reduzir o índice da dengue no município”, explicou Marcelino, que há 14 anos atua na Fundação Municipal de Saúde, mas há dois está na função de agente de endemias.

Quando o portão é aberto, a acolhida é com respeito e o trabalho executado com muita dedicação, sempre nos ambientes abertos.

“É um trabalho muito importante, de conscientização, de prevenção, orientação, para que a população fique ciente de tudo que está acontecendo, pois realmente as pessoas estão com muitos medos, pois a dengue está matando, então entendemos que o trabalho deles é fundamental”, comentou Henrique Luis Silveira, proprietário de residência visitada pelos agentes.

O que os profissionais pedem, neste Dia do Trabalhador e em todos os outros, é respeito e colaboração.

“Nosso trabalho é fundamental, pois encontramos muitos criadouros e larvas em locais onde as pessoas nem imaginam, nosso papel é orientar a população para que todos possam viver bem e com saúde. Buscamos realizar nosso trabalho da melhor maneira”, pontuou Denise Basses.

E você? Já recebeu a visita dos agentes de combate as endemias em sua residência? Ouviu as orientações com atenção e muito respeito? Assim como em todos os trabalhos, a função desses profissionais é fundamental, ainda mais diante da situação da dengue no município.

O recado final é deles: “É importante que todos cuidem de suas casas e que nos recebam para a devida orientação. Muitas pessoas acabam descobrindo coisas que não sabem, como por exemplo, uma pessoa infectada com a dengue deve sim usar repelente, para que o pernilongo não o pique e transmita a doença para outra pessoa. São muitas informações e repassamos tudo para que todos possam viver bem e com saúde”, finalizaram.

Laura Tesseti: