Ainda dá tempo

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

O nosso planeta nunca esteve tão ameaçado por uma destruição de proporções devastadoras como está agora. Para evitar que o pior aconteça, são necessárias medidas globais que sejam tomadas imediatamente, como reduzir drasticamente a devastação e as emissões de gases poluentes na atmosfera que estão elevando a temperatura no mundo em uma velocidade espantosa.

A ONU divulgou na última segunda-feira um comunicado afirmando que os impactos do aquecimento chegaram dez anos antes do previsto e causarão eventos extremos.

Esses eventos extremos já estão acontecendo. As dezenas de mortes provocadas por inundações gigantescas na Alemanha têm relação com o aquecimento do planeta. A Grécia em chamas, com mais de 1000 bombeiros se mobilizando para salvar os moradores de uma ilha são um outro exemplo de que já estamos enredados nesse labirinto de destruição que só será mitigado se houver uma conscientização geral da importância de mudar o comportamento da sociedade em todos os países, não só em alguns.

Li, de ontem para hoje, postagens nas redes sociais de negacionistas aqui do Brasil dizendo que a ONU faz parte de uma conspiração global daqueles que querem o pior para a humanidade. Quem pensa assim e nega a realidade está sendo alienado, insistindo em não acreditar no óbvio.

Como desconsiderar eventos climáticos como esses que temos visto nas últimas semanas? O secretário-geral da ONU António Guterres afirmou que esse documento é um alerta vermelho. Isso significa que chegamos ao ponto máximo de explosão que, se não for enfrentado de forma corajosa e consciente, levará os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta para uma destruição irreversível. Fora as espécies que serão extintas. Não vai demorar muito e as geleiras do Ártico e da Antártida derreterão, o que causará inundação nas cidades praianas e ilhas paradisíacas nas mais variadas regiões do planeta, inclusive do Brasil.

Não se pode brincar com algo tão grave. Não entendo como certos pais de crianças e adolescentes insistem em minimizar as consequências do aquecimento global, demonstrando uma falta de empatia e de preocupação em relação à vida dos seus filhos e netos em um futuro relativamente próximo.

Não é hora de divergir, de brigar, de alimentar conflitos ideológicos. É hora de convergir, de unir forças para salvar a nossa Terra que está sendo devastada por aqueles que só pensam em lucro. Quem age assim se esquece de que sem planeta não haverá nenhum lucro. Nada restará para ser comercializado. Essa é uma verdade indiscutível. E precisa ser seriamente considerada.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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