Adriel Arvolea
Com sambas, violas caipiras e rezas a Santo Onofre, o álbum ‘O que deu no bicho?’, do compositor e instrumentista André Bertini, de Piracicaba, reúne a alma e a essência que circulam nas ruas, avenidas e vielas piracicabanas. O trabalho recebeu menção honrosa no prêmio Melhores da Música Brasileira 2016, organizado pelo portal Embrulhador. Foram 1.493 discos nacionais considerados na mostra.
De acordo com Bertini, trata-se de um projeto especial, porque é o primeiro de muitos autorais que pretende lançar pelo selo Fio de Bigode, além de contar com parcerias importantes para a sua idealização: “Gravado ao vivo, ele nasceu da parceria minha com o Emílio Moreira, excelente músico e grande amigo de Rio Claro, que cuidou de todos os arranjos e dividiu comigo a pré-produção e produção em si. Conheço, ainda, o rio-clarense Nuno Moraes há mais de 15 anos, desde os tempos da faculdade de filosofia, quando fizemos nossas primeiras canções. Hoje, temos algumas dezenas em parceria que assina duas faixas deste álbum”, avalia.
O disco procura preservar a base sonora do choro e do samba paulista em todas as suas faixas, fato que acaba moldando a sua identidade. “Viva a música independente! Viva a música popular brasileira!”, comemora Bertini.
Para o produtor musical e arranjador Emilio Moreira, foi um grande aprendizado a realização da produção e arranjos do disco, bem como a menção honrosa no primeiro trabalho que produziu: “Estar no estúdio, gravando ao vivo com grandes músicos e compositores, como André Bertini, Nuno Moraes, Rui Kleiner, Saulo Ligo e Xeina Barros, foi incrível. Os arranjos foram surgindo naturalmente durante a pré-produção, buscando valorizar a espontaneidade do acompanhamento de um Regional (violão, cavaquinho, bandolim e pandeiro)”, conclui Moreira.