Ednéia Silva
Em entrevista ao programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan nessa segunda-feira (27), o prefeito de Rio Claro, Du Altimari (PMDB), analisou o resultado das eleições presidenciais. A petista Dilma Rousseff foi reeleita para o cargo com pequena vantagem sobre o candidato tucano Aécio Neves: 51,63% contra 49,36% dos votos.
Para Altimari, o que precisa ser feito agora é analisar o perfil do Congresso Nacional. O prefeito avalia que não será fácil para Dilma a relação com o Congresso. Para ele, em seu primeiro mandato, a presidente deixou a desejar nesse quesito, não investindo no relacionamento com o Congresso. Ele espera que esse ponto seja revisto no novo mandato.
O eleitorado paulista mostrou apoio maciço ao PSDB nas urnas. Para Altimari, o governo precisa analisar o fato para verificar o que aconteceu no Estado de São Paulo. Segundo ele, mesmo nas cidades onde o governo federal teve presença marcante, isso não se refletiu em votos. Esse fato precisa ser analisado para se compreender melhor o recado das urnas.
Para Altimari, a reeleição de Dilma é positiva para Rio Claro, que poderá continuar os projetos em andamento com recursos do governo federal. Ele disse que temia por uma vitória tucana, porque não sabia se esses projetos teriam continuidade. Além disso, a vitória petista fortalece o grupo do governo municipal para as eleições municipais de 2016.
Sobre a divisão do país demonstrada nas urnas, Altimari acredita que isso ocorreu no calor da eleição, já que a discussão política acontece dentro do Congresso Nacional. A primeira coisa a ser feita é promover a reforma política para alterar o sistema político do país. Altimari defendeu ainda o financiamento público de campanha para acabar com a corrupção proveniente de financiamento privado para financiar as caras campanhas eleitorais.
Altimari diz que não tem como pensar em financiamento público de campanha com 32 partidos. O prefeito ressalta que o mundo tem apenas cinco linhas de pensamento: direita, esquerda, centro-direita, centro-esquerda e centro. Para ele, a reforma política tem que ser feita sob o risco de fragilizar o regime democrático.