Lucas Calore
A presença de moradores em situação de rua muitas vezes incomoda os vizinhos de locais onde os andarilhos se instalam. No Cervezão, a senhora Elizia Buchdid também está preocupada, mas nesse caso no sentido contrário.
Sumiço
Cerca de quatro homens moravam há alguns anos no ponto de táxi existente em frente ao pronto-atendimento do bairro. Após a morte de ‘Marinho’, por causas naturais, os outros três ‘sumiram’. “Todo mundo conhecia eles e os ajudavam. Eu até fazia comida a mais para dar quando pediam”, diz Elizia.
Os pertences dos andarilhos, como colchões e roupas, foram retirados do ponto, que foi limpo e pintado, e colocados num terreno ao lado da sua casa.
Ela pede explicações sobre o sumiço dos homens. “A vida deles é difícil, a Ação Social da Prefeitura deve tomar providências”, afirma. Um quinto andarilho apareceu no local onde estão os materiais, porém também não está mais presente.
Fora da cidade
O comerciante Wellington Ebenezer, vizinho ao P.A. do bairro, convivia com os moradores desde 2013 e ajudava como podia. Ele relata que um pastor ia com frequência ao local fazer evangelização e que um deles, conhecido como ‘Gordinho’, teria ido para uma chácara da igreja na cidade de São Pedro. Já os outros dois estariam em outro ponto da cidade por medo de ficar no local onde houve a morte.
A reportagem do JC entrou em contato com a Secretaria Municipal de Ação Social. A assessoria informou que as equipes estão apurando o ocorrido.