A Fundação Municipal de Saúde está finalizando o processo para habilitar o Pronto Atendimento (P.A.) do Cervezão como uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A articulação está em andamento junto à presidente Giulia Puttomatti. Após quase 10 anos, a aguardada UPA Cervezão deverá se tornar oficialmente realidade. Isto porque, apesar de anteriormente conhecida como UPA, a unidade não estava credenciada oficialmente junto ao Governo Federal.
“Vamos habilitar com o Ministério da Saúde para receber repasses como UPA. Se ela for habilitada, preencher requisitos técnicos e clínicos, terá direito aos repasses por meio do SUS”, explica a secretária Giulia. Uma licitação está em andamento para executar obras de comunicação institucional no prédio.
Segundo Puttomatti, “a parte técnica já suprimos, temos que fazer pinturas, linhas indicativas, padronização de cores, tem toda parte externa também. Isso tudo tem que estar correto. É requisito obrigatório”, acrescenta. Segundo a presidente da Saúde municipal, sem essa habilitação, o município não conseguirá posteriormente solicitar ou pleitear recursos para converter o local em Hospital Dia.
Uma vistoria preliminar ocorreu recentemente. “Nos apontaram essas obras da comunicação institucional. Por isso faremos os ajustes. No máximo abril já deve sair essa habilitação. Com isso o município diminui gastos em custeio”, diz acrescentando que há um cálculo para que os recursos que serão repassados via SUS fiquem entre 20% e 30% do custo anual do local.
A UPA Cervezão foi anunciada no ano de 2012, no então governo Du Altimari (MDB), com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Saúde, com o município sendo selecionado para receber incentivo para tornar o P.A. uma UPA através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).
O caso, específico, era uma UPA ‘ampliada’, como denominado pelo Governo Federal na época. O investimento inicial para obras de ampliação foi de R$ 634.498,75, sendo R$ 218.653,75 do município e R$ 415.845,00 do PAC2. Apesar das obras, que terminaram em 2016, e também da denominação de UPA, o local continuou como P.A.
Em 2017, não houve mudanças no governo Juninho (DEM) e o local se manteve como Pronto Atendimento. A ex-gestão estudava transformar o P.A. em Hospital Dia, com ativação de um centro cirúrgico. O fato não ocorreu e em 2020, no início da pandemia da Covid-19, o prédio foi transformado em Hospital de Campanha.