Ramon Rossi
A diretora de uma escola estadual de Araras foi agredida a socos pela mãe de um aluno da unidade, após uma suposta alegação, por parte da gestora, de que o estudante, de 17 anos, estaria sob efeito de maconha.
O caso ainda está sob apuração e como a diretora da escola não pode dar entrevistas, por determinação da Diretoria Regional de Ensino de Pirassununga – e da própria Secretaria de Estado da Educação –, só se tem a versão da mãe, que diz que o filho fazia uma prova quando a gestora o teria abordado e determinado que saísse pois “cheirava a maconha”.
Ao ir se informar na escola, a mãe questionou diretamente a diretora, que segundo a mulher, não teria dado nenhuma resposta. Publicamente, em postagem nas redes sociais, a mãe confirmou que deu “vários socos na cara” da gestora.
Fontes ouvidas pelo JC afirmaram que até o aluno tentou tirar a mãe de cima da gestora e que em nenhum momento ela se referiu a ele dizendo que estava drogado. E que, ao invés de prova, o estudante estava fazendo uma atividade. Pessoas ligadas à diretora contaram que ela está “abalada e em estado de choque”.
Outra denúncia feita pela mãe, também nas redes sociais, é de que teria sido comunicada que o filho seria transferido para outra escola local, sem que fosse previamente consultada, o que ela não aceita.
A nossa reportagem está apurando informações mais precisas a partir de Boletins de Ocorrência, que foram registrados na Polícia Civil de Araras por ambas as partes, e busca ouvir as envolvidas.
Até o fechamento desta matéria, a Diretoria Regional de Ensino havia divulgado apenas uma declaração de que “repudia todo e qualquer ato de violência dentro e fora do ambiente escolar, assim como lamenta o ocorrido. A diretora da unidade registrou boletim de ocorrência. O Conselho de Escola irá se reunir nesta semana para decidir as providências a serem tomadas. A unidade já incluiu o caso na Placon (Plataforma Conviva). A DE está à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.”