Ramon Rossi
O setor de controle de endemias da Secretaria da Saúde de Araras realizou uma avaliação da densidade larvária do mosquito Aedes aegypti na cidade. O índice registrado foi de 0,3 e aponta situação satisfatória no indicador que tem como objetivo calcular o risco de epidemia de dengue na cidade.
De acordo com parâmetro do Ministério da Saúde, o resultado é avaliado da seguinte forma: menor que 1,0 – satisfatório, de 1,0 a 3,9 – situação de alerta e acima de 4,0 – situação de alto risco.
“O Aedes aegypti é diferente do culex ou pernilongo, que tem hábitos noturnos e irrita as pessoas por causa do zumbido. Embora seja muito comum nesta época do ano, ele não transmite doenças como a dengue. Nossa orientação é que a população proteja as janelas das casas com telas e use inseticidas e repelentes para combater os pernilongos”, ressaltou a coordenadora de endemias da Secretaria da Saúde, Luciana Cristina Coelho Bianco.
Este ano, Araras registrou 640 casos de dengue. “Nos últimos meses, pouquíssimos casos de dengue foram registrados em Araras. Ainda assim, as equipes continuam realizando trabalhos de campo diariamente, realizando visitas, eliminando criadouros e fazendo a orientação da população”, explicou Luciana.
Inseticida em falta em todo país
O Ministério da Saúde deixou de abastecer Estados e municípios com os inseticidas usados na nebulização contra o Aedes aegypti desde o primeiro semestre deste ano. Há outro defensivo em fase de testes pelo Governo Federal no momento, mas ainda não existe previsão de quando ele será repassado às cidades brasileiras. Como as ações de combate à dengue seguem protocolos determinados pelo Ministério da Saúde, a pulverização com o inseticida foi reduzida.
Apesar do impasse, Luciana ressalta que a nebulização é indicada somente em casos específicos, quando há confirmação de casos na cidade e o serviço preventivo precisa ser intensificado. “O uso do inseticida é somente em área específica, quando há casos confirmados, para garantir a eficiência do produto ao eliminar os mosquitos. Por esse motivo, as pessoas devem tomar medidas que evitem que eles se proliferem, eliminando objetos que acumulem água”, finalizou.