Ator: a arte de encenar e contracenar

Adriel Arvolea

Carlos Rosa, 21 anos, é da Cia. Tempero D’Alma de Artes Cênicas. Desde o ano de 2013, investiu na carreira e já soma dez peças encenadas, superando os próprios limites (Foto: arquivo pessoal)

Dar vida a um personagem, sentir as palavras em cada detalhe e entreter o público com estímulos visuais e sonoros são dons para poucos. Há os que tentam, mas há quem nasça predestinado a seguir a carreira nos palcos. O ofício de ator/atriz remete ao século V a.C., em Atenas, sendo que o primeiro ator da história chamava-se Thespis de Ática, que criou o monólogo ao se apresentar em plena Dionisíaca, na Grécia Antiga. Desde então, a arte é aprimorada e novos talentos surgem nos palcos.

Carlos Henrique de Oliveira Rosa, 21 anos, sempre gostou de teatro, mas por causa da timidez não tinha coragem de estar sob os holofotes. Até que em 2013, cursando o ensino médio na escola Chanceler Raul Fernandes, foi implantado o projeto de Ensino Integral, e oferecida a “aula diversificada”, para a qual deveria criar um clube juvenil. Foi quando ele e alguns amigos decidiram formar um grupo de teatro, o ‘Tammdec’. A partir disso, abriram-se as cortinas para um mundo repleto de arte, música e poesia.

O ator interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos, estímulos visuais, sonoros e outros, previamente concebidos por um autor ou criados por meio de improvisações individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais.

“O grupo foi logo orientado e supervisionado pelos atores e diretores Luana Menezes e Cláudio Lopes, da Cia. Tempero D’Alma, onde estou atualmente. Com os cursos oferecidos pela Cia. e as indicações de livros de estudo, vídeos e pontos de referência, consegui me ‘formar’ e retirar o DRT (registro profissional)”, comenta.

Até o momento, o ator Carlos Rosa, como é conhecido no cenário artístico, já participou de 10 peças, sete performances e duas peças como assistente de direção. No entanto, será que o teatro, realmente, mudou a sua vida? “Mudou o meu jeito de encarar o mundo, me mostrou quem é o Carlos de verdade, pois a cada personagem que eu criei um pouco do meu ‘eu’ reinou dentro dele. São arquétipos meus que, se não tivesse entrado para o teatro, talvez nunca descobriria. Também, ajudou-me a trabalhar a timidez e ser uma pessoa pensante”, avalia.

E quais serão os próximos passos? “É claro que o trabalho de estudo do ator nunca para. Acredito que a graduação para artes cênicas (além da leitura e do trabalho corporal e vocal) é estar em cima do palco, olhando para a plateia e transmitindo a mensagem que o autor do texto que interpretamos queria passar para ela”, conclui Rosa.

Adriel Arvolea: