Estadão Conteúdo
De 2005 a 2015, o número de pessoas que moram sozinhas aumentou no País de 10,4% para 14,6%, especialmente a partir dos 50 anos, mostra a Síntese de Indicadores Sociais, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira, 2. Nesta faixa etária, a proporção de arranjos unipessoais subiu de 57,3% para 63,7% no período. Este crescimento se deu na esteira do envelhecimento da população.
As mulheres, maioria entre os idosos, eram 50,3% entre as pessoas que vivem em arranjos unipessoais, os homens, 49,7%. No total, 15,7% das pessoas que têm mais de 60 anos não têm companhia em casa. O número médio de moradores dos domicílios no País era de 2,87 pessoas em 2015, frente a 3,20 em 2005.
A chamada “geração canguru”, pessoas de 25 a 34 anos que continuam morando com os pais, parece não mudar suas escolhas diante do cenário socioeconômico do País, segundo o IBGE. Em 2004, representavam 21,7% dessa população; em 2015, 25,3%. São pessoas mais escolarizadas e que trabalham, em sua maioria, mas que estendem a permanência com a família por ainda estarem concluindo os estudos, por acomodação ao padrão de vida dos pais ou por dependência emocional deles.
A pesquisa do IBGE traz também dados sobre as condições dos domicílios brasileiros. Entre os alugados, a proporção de imóveis em que o aluguel consumia 30% ou mais da renda domiciliar mensal ficou em 5,7% em 2015, ante 3,9% em 2005.
A Síntese é feita pelo IBGE desde 1998. Esta edição utilizou números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015 e do Censo de 2010, entre outras publicações, e trouxe dados relativos a demografia, famílias, educação, trabalho, distribuição de renda e domicílios. O objetivo da síntese é traçar um perfil das condições de vida da população.