Favari Filho
Na sessão camarária dessa segunda-feira (22), seis projetos foram aprovados pelos vereadores, entre os quais figuram a celebração de convênio com o Clube de Campo, a implantação de obras de arte em espaços com mais de mil metros quadrados, a criação de honraria ao ‘Homem do Ano’ e, a mais polêmica da noite, a emenda a Lei Orgânica que aumenta o número de cadeiras no legislativo de 12 para 19.
A propositura, de autoria dos vereadores Agnelo Matos (PT), Dalberto Christofoletti (PDT), Raquel Picelli (PT) e Sérgio Calixto (PRP), foi bem aceita pelos pares, que aprovaram o acréscimo de representantes com apenas três votos contrários das bancadas do DEM e do PSDB.
O democrata Juninho da Padaria usou a tribuna para pedir votos contrários ao projeto, pois disse acreditar que o aumento vai de encontro ao desejo da população, ou seja, “votar um projeto como este é ir contra a vontade popular”, defendeu o vereador, após cumprimentar os muitos presidentes de partido presentes. Juninho enfatizou que “votar a favor da emenda é atender apenas uma parte da população e não o município como um todo; acredito que doze vereadores representam muito bem a cidade”.
Para discorrer a favor do projeto, o petista Agnelo Matos relembrou a própria história, revelando que, em 2003, quando procurado pelos moradores do Jardim Progresso para concorrer ao pleito no intuito de representar aquela localidade, era um líder comunitário. “Estou lembrando o fato porque aumentar o número de cadeiras nesta Casa é uma questão ideológica. Pergunto: de lá pra cá quantas lideranças surgiram? Portanto, acredito que com o aumento a possibilidade de representatividade se expanda.” Agnelo ainda ressaltou outros dois fatos: que não haverá aumento de recursos para a Câmara e que a maioria das cidades da região já aumentou o número de vereadores.
O vereador pedetista Dalberto Christofoletti também defendeu o aumento e, em um tom professoral, rememorou um tempo (página infeliz da nossa história) em que houve uma vontade unilateral, mas que, porém, “graças à evolução, surgiu o parlamento para contrariar o absolutismo”. Dalberto destacou também que o projeto reforça a questão da democracia na esfera legislativa. “A próxima eleição vai contar com mais líderes e, tenha certeza, com um ambiente muito mais democrático. As pessoas precisam ter a chance de entrar aqui, por isso defendemos dezenove vereadores, pois a cidade já contou com esse número no passado”.
Anderson Christofoletti (PMDB) também defendeu o aumento: “Talvez se aumentarmos o número de cadeiras a economia seja ainda maior porque haverá mais fiscalização”. A vereadora Raquel Picelli ressaltou que a votação significa “um resgate benéfico para o município, além de ser um momento histórico para a cidade de Rio Claro”. Filiados de diversos partidos e prováveis candidatos para o próximo pleito também marcaram presença e comemoraram com uma salva de palmas a aprovação da emenda. Votaram contrários ao aumento os vereadores Geraldo Voluntário (DEM), Juninho da Padaria (DEM) e Paulo Guedes (PSDB).