Adriel Arvolea
Assim como milhares de brasileiros em diversas regiões do País, os rio-clarenses, também, saíram às ruas na manhã do último domingo (15), em protesto contra o governo de Dilma Rousseff, marcado por escândalos e denúncias de corrupção. Manifestantes levaram cartazes para exibirem no trajeto que saiu de forma pacífica do Jardim Público, na Rua 3. O ato reuniu quatro mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar.
Após esse momento de reflexão, populares avaliaram a iniciativa como positiva, sendo importante para o processo democrático. Para o ajudante geral Isael Cardoso, foi uma resposta do povo diante de tanta corrupção e falsas promessas dos políticos. “O impeachment, bandeira defendida no protesto, é um caminho para a atual situação do Brasil. Outra alternativa seria o empenho de políticos honestos em defesa dos interesses do povo. Não dá mais para aguentar os escândalos do PT”, comenta Cardoso.
De acordo com José Luiz Andrade, Dilma Rousseff não teve competência de enfrentar a força dos partidos e loteou toda a administração pública. “Seria conveniente que ela renunciasse ao mandato. Aí assumiria o Temer, o qual pelo seu histórico de ‘bom articulador’, com certeza, faria um ‘loteamento’ ainda maior para garantir ‘governabilidade’. Isto posto resta como solução o fim dessa pluralidade de partidos, passando para dois ou três no máximo e voto livre. De resto, não tem muito o que fazer, infelizmente”, avalia.
Na opinião de Tatiane Basconi, houve apenas um contrassenso durante os atos: brasileiros vestindo a camiseta da seleção brasileira de futebol, que traz o logo da CBF. “Muitas pessoas nas manifestações protestaram com a camiseta da seleção. Pediam combate à corrupção. Querem um país melhor, legítimo. Apoio! Mas estampando no peito a farda da CBF, uma das instituições mais corruptas do Brasil, protagonista de inúmeros escândalos?”, observa Tatiane.
Enquanto uns defendem o fim da corrupção, outros pedem intervenção militar no Brasil. Neste sentido, Anne Kepple alerta para que haja consciência sobre as reivindicações. “Centenas de brasileiros foram mortos e milhares torturados e exilados na época do governo militar no Brasil. Pensem bem no que estão pedindo. Pode ser que seus filhos e netos sejam presos, torturados e mortos no futuro, e não terão direito nenhum – nem meios legais – para reclamar. Viva o direito ao voto”, conclui.