Família afirma que criança cadeirante foi ameaçada. Prefeitura de Rio Claro se posiciona
A mãe de um aluno de 7 anos, cadeirante, da Escola Municipal “Monsenhor Martins”, em Rio Claro, registrou um boletim de ocorrência contra uma monitora que atua na unidade escolar. Segundo consta no documento, a funcionária teria ameaçado agredir a criança no dia 29 de fevereiro. Desde então, nas últimas duas semanas, a família tem enfrentado dificuldades, uma vez que o menino não quer ir mais à escola. Em contato com a mãe Joyce Satiro Gonçalves da Silva, ela relata o ocorrido.
“O Theo tem outra monitora e nunca tive nenhum problema na escola e com ela. Ele é cadeirante, mas não demanda tanto, pois não tem nenhum problema cognitivo, a questão é motora. Ele estava no intervalo, e a monitora saiu. Enquanto isso outra monitora [denunciada] ficou olhando o Theo. Um professor passou e fez uma brincadeira, que o Theo não gostou”, explica a mãe diante do relato do filho.
“A gente ensinou que ele não precisa gostar de brincadeiras. Com isso, a monitora virou e falou que daria três tapas nele [por conta de ele não ter gostado] e ele ficou desesperado e começou a chorar. Ele relatou para a monitora oficial e coordenadora. Nos chamaram na escola para conversar e ver o que seria feito, mas ela continua lá. E nada aconteceu. Ele está com medo de ir à escola. Ele tem medo de encontrá-la”, afirma.
A mãe da criança comenta ainda que espera que a funcionária seja trocada de unidade. “Nunca tive nenhum problema com a escola. Ele nunca me trouxe uma queixa dessa, como duvidam de uma criança? Como uma pessoa é professora, se formou e age dessa forma?”, indaga.
PREFEITURA
O JC consultou a Prefeitura de Rio Claro que, em nota, comunica que a Secretaria Municipal da Educação está tomando todas as medidas cabíveis a respeito do suposto comportamento da monitora. “A profissional, o aluno e sua família serão ouvidos, para que cada parte dê sua versão”, acrescenta.