Banco de Leite da Santa Casa instrui mães para doação

Está acontecendo neste mês o “Agosto Dourado’’, uma campanha mundial criada pela OMS – Organização Mundial de Saúde, em prol da conscientização sobre a importância do aleitamento materno, principalmente nos primeiros meses de vida. Segundo a Rede Global de Leite Humano da Fiocruz, o leite materno é capaz de reduzir em cerca de 13% o índice de óbito infantil, pois contém os níveis exatos de gordura, carboidratos e proteínas necessários para melhorar a imunidade e promover o crescimento.

No caso de bebês prematuros, a oferta do leite materno é ainda mais importante, já que esses bebês perdem, entre outras coisas, o período de acúmulo de nutrientes indispensável para esse período, como ferro, zinco, cálcio e vitaminas que costumam ocorrer no terceiro trimestre. Por isso, o serviço do Banco de Leite é essencial para garantir que prematuros, que estejam no berçário ou UTI Neonatal, recebam o chamado “Alimento de Ouro”.

O Banco de Leite da Santa Casa de Rio Claro recebe e distribui, mensalmente, cerca de 20 litros de leite humano, que são doados por mães em fase de amamentação. Os kits de coleta são entregues diretamente na residência das doadoras e depois retirados pelo hospital. “A ideia é facilitar o serviço para que não tenham que sair de casa e se deslocar até o banco de leite”, explica Flávia Almeida, enfermeira responsável pelo Banco de Leite.

Depois, o armazenamento é feito em cadeia de frio rigorosamente controlada, passando por vários processos como a seleção, classificação, e o nível de calorias do leite, exames microbiológicos de coliformes totais, a pasteurização e fracionamento.

Para as doações, é necessário fazer o cadastro no hospital, realizar o exame de doenças infectológicas e informar o histórico de saúde, além das atividades em domicílio, o hospital conta com a sala de apoio à amamentação, na maternidade Bettin da Santa Casa.

Mas não são apenas as mamães que podem ajudar nessa campanha. Toda a população pode contribuir doando potes de vidro, de pequeno ou médio porte, com tampas plásticas de alimentos industrializados que são descartados no dia a dia, como vidros vazios de geleia, azeitona, café, palmito, entre outros. “A população é parte fundamental neste processo, são os potes de vidro que permitem o armazenamento adequado do leite”, diz Flávia.

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