Ednéia Silva
O Banco de Leite da Santa Casa de Rio Claro está precisando de doações. A unidade está com estoque em baixa tendo então que estabelecer critérios para utilização do produto. As doações recebidas são insuficientes para atender a demanda que gira em torno de dois litros por dia.
Quem explica é a técnica de enfermagem Taisa Fernanda Cruz de Oliveira. Segundo ela, a quantidade de leite utilizada não está sendo reposta pelas doações. Com isso há escassez de leite o que exige que a utilização seja feita com escala de prioridades para os casos mais urgentes. O Banco de Leite da Santa Casa atende os bebês prematuros internados na UTI Neonatal, que precisam ser alimentados com leite materno para ganhar peso antes de sair do hospital.
Taisa informa que qualquer mãe lactante, em bom estado de saúde e tenha excesso de leite pode se tornar uma doadora. Para isso, basta procurar o Banco de Leite que funciona na Santa Casa. Contato também pode ser feito pelo telefone (19) 3535-7024. No Banco de Leite, as mães passam por exames e também recebem orientação sobre como fazer a coleta em casa.
A técnica de enfermagem do Banco de Leite, Elaine Cristina Carvalho de Lima, explica que as mães fazem a coleta em casa e a doação é recolhida por um motoboy toda segunda-feira. Quando chega à Santa Casa, o leite passa por uma série de exames e é pasteurizado, um processo que garante a qualidade do alimento. Elaine informa que hoje o banco tem dez doadoras regulares, mas a quantidade de leite é baixa. O ideal seria aumentar o número de doadoras para quinze ou mais.
O leite materno é super importante para a saúde do bebê. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno é capaz de reduzir em 13% mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. O simples ato de amamentar oferece aos bebês proteção contra diarreia, infecções respiratórias e alergias.
De acordo com o Ministério da Saúde, bebês amamentados ao peito têm menor chance futura de terem doenças crônicas como obesidade, hipertensão e diabetes. Por conta disso, o órgão recomenda que, até os seis meses de vida, o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno para ter um crescimento forte e um desenvolvimento saudável.
Além disso, um estudo que acompanhou o crescimento de 3.500 bebês revela que aqueles que foram amamentados por mais tempo tiveram desempenhos melhores em testes de QI na idade adulta. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Global Health. Apesar de não ser conclusivo, o estudo reforça a importância da amentação para os bebês.