Brasil recebe primeiro lote de testes rápidos de diagnóstico da Covid-19 na segunda (30)

LARISSA GARCIA E RENATO ONOFRE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou neste sábado (28) que o Brasil receberá, na segunda-feira (30), o primeiro lote de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19. Os kit devem começar a ser distribuídos na semana que vem.

A pasta não informou o número de testes da primeira remessa, mas a expectativa é de que cinco milhões estejam disponíveis até a terça (31).
Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que pretende ampliar para 22,9 milhões a oferta de exames para o coronavírus no país. “É um avanço, precisamos muito desses testes até para que os próprios profissionais de saúde consigam voltar a trabalhar em tempo hábil”, disse o ministro em entrevista coletiva neste sábado (28).

A prioridade é testar os profissionais de saúde. “É importante ressaltar que nem todo mundo será testado. O exame é essencial para a tomada de decisão na volta do profissional de saúde ao trabalho”, ressaltou o secretário de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira. Ele explicou que os testes ainda não foram validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Vários países estão fazendo testes e avaliando diversas marcas.”

Oliveira afirmou que os testes começarão a ser feitos até o fim da próxima semana. Serão de dois tipos: os sorológicos, que detectam os anticorpos que combatem o vírus, e os moleculares (RT-PCR), de alta precisão, que identificam o DNA do vírus. “Fizemos uma parceria com a rede Dasa, uma rede particular que auxiliará em testes que mostram o diagnóstico em tempo real”, detalhou.

A parceria com a rede particular também tem como objetivo aumentar o alcance territorial dos testes. “É uma empresa com grande capilaridade, então pretendemos aumentar essa capacidade”, disse Oliveira.
A distribuição vai priorizar, no primeiro momento, os serviços de atenção primária (atendimento inicial).

Além disso, a estratégia é começar em capitais e cidades metropolitanas. “Já temos estratégias com laboratórios centrais, vamos intensificar esses fluxos. Começa em grandes centros, porque a aglomeração é grande, mas gradativamente vamos expandindo para os municípios de menor densidade populacional”, destacou o secretário.

Redação JC: