Antonio Archangelo
Não tiveram certeza dos números, os candidatos a prefeito que falaram sobre a situação financeira da prefeitura no microfone da Excelsior Jovem Pan News, na segunda semana de perguntas temáticas, porém a dívida de R$ 51 milhões junto ao Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC) dominou boa parte do discurso. Falaram sobre o passivo deixado pelo atual governo, os candidatos: a candidata a vice-prefeita Cilene Pereira (PSOL), Sérgio Santoro (PRB), Juninho da Padaria (DEM) e Mário Zaia (Solidariedade).
A candidata socialista foi a única a defender proposta de pagamento da dívida. A dívida do “IPRC, por exemplo, é um grande problema (…). A dívida pode chegar a R$ 100 milhões. A nossa proposta é parcelar esta dívida feita pelo governo Altimari e firmar compromisso de fazer os pagamentos regularmente”, defendeu Cilene.
Juninho da Padaria chamou a dívida de “herança maldita”, mas focou o seu discurso no corte de gastos. “Tem que se fazer a lição de casa. O remédio tem que ser o corte das gastanças desnecessárias”, comentou o candidato.
Mário Zaia (SD) foi além, dizendo para os eleitores “olharem o velhinho”, o candidato diz que convocará “a Justiça Federal para investigar todos os contratos da prefeitura, nos últimos dez anos”.
Sérgio Santoro admitiu dificuldades em conseguir informações sobre a realidade financeira do município. “A não ser o candidato oficial, nenhum dos outros candidatos consegue ter acesso. Não sabemos os valores reais, do tamanho da dívida”, disse o candidato.
Alcir Russo, do PV, focou seu discurso na realidade de se refazer a Lei de Diretrizes Orçamentárias. “A primeira medida é refazer a LDO e dar um alinhamento mínimo com a realidade”, lembrou.
Gustavo Perissinotto (PMDB) falou sobre seu currículo e da necessidade do postulante saber a realidade da máquina pública. A cidade precisa, de acordo com ele, de “um prefeito que tenha se preparado para enfrentar os problemas que se apresentam”.
O que fala o Orçamento da Prefeitura?
De acordo com a Lei Orçamentária de 2016, aprovada em 2015, a Prefeitura de Rio Claro (incluindo órgãos da administração indireta) possuía, até dia 31 de agosto de 2015, uma dívida consolidada de R$ 218,307 milhões; e uma dívida flutuante de R$ 93,120 milhões.
E uma receita de R$ 737,6 milhões. Em relação à previsão de arrecadação, eram R$ 191 milhões de ICMS, R$ 91,7 do Daae; e R$ 83,2 do IPRC.