Sidney Navas
Não é difícil encontrá-los em vários cantos da cidade. O cheiro da carne na chapa é inconfundível atraindo clientes dos mais variados perfis. Tem gente que por gosto pessoal ou falta de opção, manda ‘pra dentro’ um hambúrguer logo cedo como café da manhã
Dados oficiais fornecidos pela assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal revelam que hoje existem em Rio Claro, setenta carrinhos de hambúrguer de forma legalizada, ou seja, pagando todos os tributos necessários e atendendo as especificações exigidas. Mas seria ingenuidade demais acreditar que não há por outros tantos espalhados por todos os bairros da cidade que não estão devidamente cadastrados. Em caso de ser flagrada na ilegalidade a pessoa passará por vários procedimentos da legislação relativos ao recolhimento de taxas, ocupação de solo e higiene. Esse trabalho envolve o Setor de Tributação, Sepladema e Vigilância Sanitária. O cidadão é notificado e se não cumprir com as obrigações pertinentes dentro do prazo proposto e sofrerá penalização que pode ser multa ou até interdição.
independente de números concretos o fato é que esses trabalhadores são as melhores e mais baratas alternativas pra comer na rua ou quem está sem de tempo de sobra. Soma-se a isso uma incontável ‘legião’ de pessoas que simplesmente não abrem mão de um suculento e delicioso hambúrguer, ou seja, temos mercado pra todo mundo. Encravado bem na Rua 3 com a Avenida 1, está em pleno funcionamento um carrinho de hambúrguer há quase três décadas. Claro que este mesmo ponto comercial já teve outros donos.
Outro carrinho de lanche tão popular quanto ao do Centro é aquele instalado no final da Visconde do Rio Claro com a avenida 32. Instalados há mais de 10 anos no mesmo local, o movimento é frenético, principalmente aos finais de semana. O chapeiro Glauco Rocha fala que hoje é raro encontrar quem não gosta de hambúrguer. “Também é uma paixão nacional”, brinca o rapaz. Ele acrescenta que o contato direto com o público é o que mais lhe agrada na profissão. Por outro lado ele faz ressalvas: “Os transtornos são os horários e os riscos de assaltos e ainda por cima a concorrência desleal em relação aqueles que trabalham na informalidade sem pagar os impostos devidos”.
Hambúguer é coisa de alemão e não de americano…
Hambúrguer é tudo igual, certo? Nada disso prezado leitor, existem diferenças. Quem explica são os irmãos Filipe e Lucas Iorio, donos da Brother’s Hamburgueria aqui em Rio Claro, especialista nesse tipo de preparo artesanal. “Aqui, por exemplo, pertencemos a uma franquia e então seguimos determinadas regras usando somente produtos de extrema qualidade”, enfatiza Lucas Iorio. Ele destaca que a carne além da procedência garantida deve ser moída na hora, isso sem se esquecer da escolha de saladas e folhas frescas e bem higienizadas.
Fazer um deste parecido em casa só pede certos cuidados e Lucas Iorio repassa algumas dicas. “Selecione ingredientes de alta qualidade e nunca despreze o pão. Em minha opinião, outro segredo está no pão que é 50% do lanche e a sua apresentação os outros 50 por cento. Eu costumo dizer que a carne é o coração e o pão é o cérebro do hambúrguer”, brinca o rapaz. Fique atento quanto ao ponto certo da carne para manter sua suculência. “Mas isso é relativo já que cada um gosta de um jeito, mas o mais importante mesmo é nunca passar do ponto”, orienta o comerciante que é um adepto da simplicidade.
Não se confunda também. Pensar que os americanos são os criadores do hambúrguer é um erro clássico perpetuado por várias gerações. É óbvio que eles se intitulam os criadores desta delícia apreciada em todo os cantos do mundo, mas na prática mesmo isso é pura balela. “O hambúrguer chegou aos Estados Unidos pelas mãos de imigrantes alemães, provenientes dos arredores da cidade de Hamburgo, daí o nome sugestivo”, confirma Lucas. Ainda diz a lenda que no começo de tudo se tratava de um bolinho de carne que na terra do ‘Tio Sam’ foi achatado e modificado ganhando as formas atuais e, por isso, os americanos é que levam injustamente a fama de serem os precursores deste tipo de lanche. Não se engane, pesquisa e descubra que essa não é a realidade dos fatos.