A Casa de Saúde ‘Bezerra de Menezes’ pediu novamente socorro à Câmara Municipal para que não tenha de fechar as portas de atendimento à população de Rio Claro e outras 25 cidades da região. Em pronunciamento na noite de ontem (10), durante a sessão ordinária, o diretor administrativo Aparecido Chagas expôs de forma geral o problema que vem ocorrendo pela não renovação do convênio que a instituição tem com o Governo do Estado e que custeia serviços ofertados na unidade que completará 70 anos de fundação em breve.
No mês passado, o Jornal Cidade revelou que o processo para renovar o convênio de fortalecimento foi negado pelo Estado por não terem sido cumpridas metas pactuadas no ano passado. A última transferência financeira para custear o atendimento ao público ocorreu em dezembro. De acordo com Chagas, de 10 das metas, nove foram cumpridas.
“A Casa atende 26 municípios, não são poucos. Hoje, tenho 91 pacientes internados para 100 leitos, sendo 12 apenas de Rio Claro. É a única que resta atendendo transtornos mentais em todas essas cidades. O convênio com o Estado foi instituído em 2013 com a finalidade, dentre várias, comprar medicamentos, contratar profissionais qualificados, atividades terapêuticas e contratar uma instituição de educação para promover curso de pós-graduação em saúde mental para os profissionais de saúde desses municípios, em 40 vagas. No ano passado não foi possível fazer por conta da pandemia. Baseado neste um item, foi feito parecer pela não renovação”, alega o diretor da instituição.
Ainda de acordo com o diretor, o dinheiro que seria utilizado para tal curso foi devolvido ao Governo Estadual. Diante disso, o convênio geral não foi renovado e o risco de a instituição fechar as portas é grande. Somente nos últimos quatro anos, 4.239 pessoas foram assistidas e tratadas na Casa de Saúde. Desse total, 1.246 são de Piracicaba, enquanto 399 de Rio Claro. As Câmaras Municipais das mais de 20 cidades também foram notificadas do risco pela entidade.
Diante de ofício da Bezerra aos vereadores, alguns deles como Paulo Guedes (PSDB), Vagner Baungartner (PSDB) e Júlio Lopes (PP) chegaram a ser reunir há alguns dias com a Secretaria da Casa Civil do Governo de SP para tratar do assunto junto ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), no entanto, ainda não resultou em frutos positivos. Na sessão de ontem, esses e os demais parlamentares ressaltaram apoio para a instituição e que deverão apelar às demais instâncias, como Prefeituras e Câmaras dos municípios, deputados e o próprio Estado.