Adriel Arvolea
As novas infecções por HIV no Brasil aumentaram 11% entre 2005 e 2013, segundo relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids). No ano passado, o país registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina. A estimativa do Unaids é que 1,6 milhão de pessoas vivem com HIV na região. A maioria dos casos (75%) se concentra em cinco países – Argentina, Brasil, Colômbia, México e Venezuela. A América Latina registrou queda de 3% em novas infecções entre 2005 e 2013, mas os índices variam de país para país.
O cálculo é que, na região, dez novas infecções por HIV são registradas a cada hora. Os grupos particularmente vulneráveis a novas infecções e que representam uma parcela significativa de soropositivos incluem transgêneros; homens gays; homens que fazem sexo com homens; homens e mulheres que atuam como profissionais do sexo e seus clientes; e usuários de drogas.
Os dados mostram que aproximadamente um terço das novas infecções na América Latina ocorre em pessoas jovens, com idade entre 15 anos e 24 anos. “Populações mais vulneráveis enfrentam altos níveis de estigma, discriminação e violência, que criam obstáculos no acesso à prevenção da doença, ao tratamento, ao cuidado e aos serviços de apoio”, informou o Unaids.
Dados da Fundação de Saúde de Rio Claro apontam que no município os casos notificados de HIV/Aids cresceram 58% entre 2011 e 2012, passando de 31 para 49. Os homens são as principais vítimas, com 26 e 34 ocorrências, respectivamente. “Em 2011, a maioria dos infectados era heterossexual com o primeiro grau incompleto. No ano seguinte, atingiu o público com ensinos médio (completo) e superior. No período, a faixa-etária de 31 a 40 anos lidera as estatísticas num total de 30 soropositivos”, aponta levantamento da Fundação de Saúde.
Histórico de óbitos por Aids aponta que em 1985 e 1988 nenhum caso foi registrado em Rio Claro. O ano crítico foi 1996 com 38 mortes pela doença. As ocorrências registraram queda nos anos seguintes, tendo em 2008 apenas dez casos. Mas, desde então, os índices voltaram a crescer, com 13 em 2009, 14 em 2010 e 16, em 2011, segundo dados da Fundação Seade (com Agência Brasil).