Da Redação
A Petrobras anunciou nessa terça-feira (29) o aumento no preço dos combustíveis no país a partir dessa quarta-feira (30). O aumento para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%.
A fim de investigar o reajuste no combustível que será cobrado nos postos de Rio Claro, a reportagem do JC fez contato com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região – Recap. No entanto, a assessoria de imprensa informou que esses dados não são repassados pelo sindicato.
Com o aumento dos combustíveis, o consumidor reclama. O professor universitário Marcelo Borba, pesquisador do Departamento de Matemática da Unesp Rio Claro, analisa o aumento anunciado pela petroleira.
“Eu diria que isso é errado, porque os postos já repassaram outros aumentos como da energia e do dissídio. Então agora o percentual do aumento pode ser bem menor do que 6%. Se houver competição e não houver combinação de preços, o aumento pode ser até zero, visto que o consumidor não está tendo aumento de salários e vários perderam o emprego”, pontuou.
Em São Paulo
O aumento do combustível já chegou ao consumidor de São Paulo. A afirmação é de José Alberto Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro). Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que o reajuste do combustível já é encontrado em alguns postos do estado, com valores entre R$ 0,17 e R$ 0,20.
“Em alguns postos já [subiu]. Quem recebeu o produto hoje, recebeu com aumento. Têm aumentos de R$ 0,17 [por litro] na nota de custo dele e de R$ 0,20 o preço do custo”, disse o presidente do sindicato.
“À meia-noite de terça-feira (29), a distribuidora parou o faturamento, acertou o preço novo e começou a faturar de novo. Então, quem recebeu o produto hoje já recebeu com preço novo. A partir de agora, qualquer dia é dia para aumentar, mas cada posto vai agir de um jeito, dependendo do estoque. Quem recebeu o produto, vai repassar o preço, porque não tem o que fazer”, acrescentou Gouveia.
Segundo ele, restará aos consumidores pesquisar preços. “O consumidor tem essa faca na mão [possibilidade de pagar mais barato] por mais uns dias. Mas o mercado, como um todo, vai reagir até sexta-feira (2).”