Laura Tesseti
A Folia de Reis é uma tradição muito antiga, mas pouco vista na região. Com o intuito de resgatar sua importância histórica, o limeirense Wilson Nunes Cerqueira há 11 anos mantém a Cia de Reis São Lucas, formada por 20 integrantes, entre homens, mulheres, adultos, jovens e crianças. Os instrumentos tocados são viola, violão, sanfona, bumbo, caixa, pandeiro e cavaquinho.
Segundo Wilson, a tradição é muito antiga e chegou ao Brasil com a colonização. “Veio dos portugueses, ligada mais ao folclore, e foi aqui que foi inserida a parte religiosa”, comenta.
A Folia de Reis está no sangue da família do limeirense e a ideia de resgatá-la veio após o falecimento de seu pai. “Meu pai era mestre na Folia de Reis, na região de Penápolis, Araçatuba, viveu uma vida toda fazendo isso, depois de seu falecimento, alguns anos mais tarde, decidi que gostaria de resgatar a cultura, em respeito às tradições e também em homenagem ao meu pai, para que pudesse manter viva por aqui a folia a que ele tanto se dedicava”.
Desde o dia 13 de dezembro, que foi quando o grupo começou a visitar os locais, passaram por 73 casas e seis igrejas. “Para entender a magia da tradição é só passando um tempo conosco. Em Santa Gertrudes, onde estivemos no último final de semana, visitamos a casa de um senhor que há mais de 60 anos não via a folia, foi muito emocionante, a alegria dele era contagiante”, conta Wilson
No próximo dia 16 de janeiro, o folião fala que em Limeira, no Centro de Eventos, a partir das 19 horas, acontece a chegada da bandeira, após a passagem pelos três arcos, que representam os três reis magos. “Teremos o terço, o jantar e a apresentação das folias, o evento é gratuito e aberto ao público”, finaliza.