Covid-19: quem precisa trabalhar redobra cuidados

Soldado Mendes faz a limpeza e higienização da Unidade de Resgate a cada ocorrência

A vida da população passou por várias mudanças desde o início da pandemia do novo coronavírus. O decreto da quarentena levou muita gente ao distanciamento social, ao home office… Mas existem aqueles profissionais que estão cumprindo a jornada de trabalho no próprio trabalho, porém eles também tiveram que se adaptar e principalmente conviver com a preocupação de um possível contágio.

É o caso da Jazilma Borges Ferreira Dias, de 44 anos. Ela trabalha na cozinha do restaurante Bom Prato e atualmente a renda da família depende do serviço dela: “Meu marido trabalha em São Paulo mas, como lá é o centro da pandemia e ele tem problemas respiratórios, se afastou. Desde que chegou em Rio Claro não sai de casa e fica com nossos filhos. Quando saio do serviço e chego em casa já entro por uma lateral que dá acesso ao banheiro. Só depois de um bom banho é que tenho contato com eles”, conta a meio-oficial de cozinha que não abre mão dos cuidados com medo de levar o vírus para dentro de casa.

No quartel do Corpo de Bombeiros as equipes estão trabalhando com três tipos de EPIs (equipamentos de proteção individual): “Seguimos com nosso atendimento à população. Temos um contato direto e por isso redobramos os cuidados. A cada atendimento nossas viaturas passam por uma limpeza e higienização para preservar nossos homens e também o cidadão. Já do lado pessoal é claro que todos temos família nos esperando em casa. Então procuramos tomar banho antes de sair do quartel e depois de chegar em casa. No meu caso tenho uma filhinha de dois anos e ela fica ansiosa quando chego em casa, mas colo, abraço e beijo só depois de cumprir a rotina”, afirmou o sargento Junior.

Nas farmácias os balconistas estão com um olho no cliente e outro na higiene: “Antes não trabalhávamos de luva nem máscaras, mas o momento pede. Confesso que é ruim, principalmente a máscara, me incomoda muito, tanto é que fiz até uma adaptação para não machucar a orelha. Quando vou para casa é outra maratona, tudo isso para evitar possíveis contágios. Sinceramente da hora em que acordo até a hora de vou dormir é o dia inteiro se limpando”, disse o balconista Dennis Camargo.

Vlada Santis: