Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa
As informações sobre a formação da Comissão Provisória do PSD em Rio Claro aquecem o morno bastidor político no município. De acordo com o que apurou a coluna, duas forças políticas disputam a sigla, que pode vir a ser a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados com a criação e aglutinação do Partido Liberal.
De um lado, grupo formado por caciques do Partido Progressista e alinhados ao empresário Ivan Hussni que, inclusive, já realizaram reunião interna para nomear os novos dirigentes do partido na cidade. A ideia é que a sigla “ande junta” com o PP de Rio Claro para a formação de um grupo visando à sucessão municipal. Hussni é considerado um potencial candidato a prefeito em 2016.
Do outro lado, grupo ligado ao presidente do Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal Ricardo Izar (PSD), que almeja conquistar o direito de formar o partido no município, após acordos pré-eleitorais.
Independentemente do que aconteça, na prática, a decisão deve passar pelas mãos do deputado federal Guilherme Campos, responsável pela região. Campos assumiu provisoriamente a presidência nacional do PSD e deve dar espaço para outras lideranças do partido em relação a regiões distintas do interior paulista.
De acordo com sua assessoria, não existe nenhuma definição. “Ele está viajando, o assunto só será discutido após”, citaram. Dentro do Partido Progressista, o argumento é a proximidade de Hussni com Guilherme Campos, que inclusive envolveria a criação do partido caução, o PL, para angariar descontentes.
Em conversa com o presidente do PP de Rio Claro, Rogério Marchetti, “têm muitos políticos querendo ir para o PSD”, citou. Perguntado da possibilidade de vereadores mudarem de partido com ‘a janela’ de migração com a fusão do PL (que ainda será criado), Marchetti citou: “tem gente querendo ir, mas vamos fazer uma triagem antes”, citou. Hussni não atendeu às ligações.