DDM apura caso de criança que precisou passar por cirurgia após estupro em RC

Uma criança de apenas sete anos precisou passar por uma cirurgia após ser abusada sexualmente na noite do último sábado (26). O caso aconteceu no bairro Bom Retiro e chocou familiares da menor, que pedem rapidez nas investigações e punição ao autor.

Tudo aconteceu quando a menor foi passar o fim de semana na casa onde moram os irmãos adolescentes e o pai. De acordo com declarações do genitor, ele e a mãe da garota têm a guarda compartilhada: “Naquela noite eu deixei a minha filha mais nova ir com a irmã na casa de um vizinho que tem 13 anos jogar videogame. Algum tempo depois a caçula apareceu aqui toda ensanguentada dizendo que ia morrer. Depois eu vim descobrir que a irmã tinha deixado ela dentro da casa com o adolescente e ido na rua conversar com uma amiguinha. Neste meio tempo teria acontecido o estupro na sala”, afirma o pai, que terá a identidade preservada por conta da criança.

O homem ainda disse que, antes de conseguir um veículo para levar a menina até o hospital, foi até a casa do adolescente que negou o abuso e disse que a garota já tinha chegado na casa machucada: “Eu disse a ele na frente do pai que estava na casa no momento, mas alegou não ter visto nada porque estava dormindo, que se ele tivesse feito mesmo isso que iria responder na Justiça e que minha filha não estava machucada antes”.

A garota foi levado até a UPA da Avenida 29 e na sequência transferida para Santa Casa, já que teve uma lesão grave na região do períneo e precisou passou por cirurgia. Em um documento expedido pela Justiça, um dos médicos que atenderamu a menina disse que o ferimento provavelmente não foi causado por um adolescente.

O caso é conduzido pela delegada Patrícia Rosa, que está à frente da Delegacia de Defesa da Mulher. A reportagem do JC entrou em contato com a autoridade, que por telefone afirmou: “Estamos apurando a autoria. A criança está sob os cuidados da mãe, abrigada em segurança e com medida protetiva”.

Já a mãe da vítima atendeu a reportagem mas disse que neste momento prefere não se estender. Apenas disse que espera que as autoridades ouçam as filhas: a caçula e a mais velha, o quanto antes porque, até o momento, somente o suspeito e a família dele foram ouvidos, e finaliza: “Eu quero justiça porque o crime, o estupro existiu e o monstro que fez isso merece pagar”.

Vlada Santis: