De atirador a árbitro olímpico, José Maria conta a sua trajetória esportiva

Wagner Gonçalves

José Maria conta a sua trajetória esportiva ao JC

No próximo ano o Brasil recebe equipes e atletas de todo o mundo para a realização dos Jogos Olímpicos, e os preparativos estão em ponto de bala também aqui entre os brasileiros. Dentre as diversas modalidades, Rio Claro é destaque no esporte de Tiro ao Prato em âmbito nacional e internacional, tendo como principais personalidades nomes como o de José Maria Filho, que tem prática há mais de 28 anos. O Jornal Cidade conversou com o esportista sobre a carreira e sobre a oportunidade que lhe foi oferecida de arbitrar a modalidade nas Olimpíadas de 2016.

A prática seguiu tradição familiar e teve início com o avô que gostava de caçar nos campos, quando ele ainda era criança e acompanhava com admiração o pai e o avô. Ele conta que seu pai mantinha o comércio de carnes e estreitava laços de afeto com os fregueses e ajudava as pessoas que estavam a seu redor. “Lembro-me das vezes em que meu pai acabava caçando codornas em sítios de amigos, que ofereciam o espaço em agradecimento pelas boas ações dele para com as pessoas”, contou Zé Maria dizendo que os encontros sempre terminavam em confraternizações entre família, com os almoços.

Há 36 anos, Zé Maria veio para Rio Claro a serviço e um ano depois inaugurou um restaurante. Na época, a partir das amizades, descobriu sobre os títulos que eram vendidos no Clube de Campo e se interessou, especialmente, para oferecer bons momentos com a família. Após a proibição da caça de animais, o clube passou a disponibilizar a prática do tiro como esporte e todas as lembranças de infância vieram à tona: “recordei de como era bom fazer isso junto a meu pai e decidi ingressar”, contou.

O esporte foi crescendo gradativamente, por meio das provas e modalidades que trazidas ao município de outras localidades, como os Estados Unidos. “O nosso clube guarda mitas histórias e passou a ser destaque não apenas no Brasil, mas em outros países também”, disse o atirador.

Árbitro Olímpico
O tiro certeiro viria a ser disparado quando Zé Maria se inscreveu como voluntário para os jogos olímpicos. “Quando recebi o convite, me disseram que não precisavam apenas de competidores, mas árbitros também”, contou com alegria.

A federação que rege o esporte olímpico de tiro no mundo, a ISSF (International Shooting Sport Federation) ofereceu então à equipe de trabalho do Brasil um curso em Belo Horizonte, MG, para prepará-los para arbitrar três modalidades. Zé Maria expressa com satisfação a oportunidade que lhe foi oferecida: “além de participar dos jogos ainda poderei acompanhar as olimpíadas de perto, será uma oportunidade maravilhosa”.

Adriel Arvolea: