Antonio Archangelo
O ataque realizado por aeronaves francesas no domingo (15) a Raqqa, cidade no norte da Síria, que é uma das bases do grupo extremista autodenominado “Estado Islâmico” (EI), após os atentados à capital francesa, fez “o povo se sentir vivo”, disse de Paris o rio-clarense Renato Barbosa, morador em Arcueil desde novembro de 2008.
“O povo tá se sentindo vivo, pois acham que tal ataque a Paris não poderia passar sem nenhuma reação do país”, disse à Coluna via rede social.
Barbosa atenta, porém, que para ele os ataques a cidades do Oriente Médio não trarão resultados práticos. “Eu penso que a França deve responder a isso mas não sei se essa é maneira certa. Porque, de que adianta atacar lá, se os inimigos estão dentro da própria casa?”, indagou o jovem.
Já o arquiteto rio-clarense Gabriel Sepe passa bem após cirurgia. Ele foi um dos brasileiros atingidos por disparos de armas de fogo durante os ataques terroristas. Tanto a família, quanto o Itamaraty adotaram o sigilo nas informações para resguardar a privacidade do jovem, que recebeu no hospital francês a visita dos pais.
Na Guerra ao Terror, o presidente da França, François Hollande, reivindicou nessa segunda-feira (16) a criação de uma “única coalizão internacional” contra o Estado Islâmico (EI), proposta para a qual se reunirá nos próximos dias com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin.
Em discurso no Palácio de Versalhes perante o parlamento reunido de forma extraordinária em sessão bicameral, Hollande assinalou que seu país pedirá uma reunião “no prazo mais breve” do Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução contra o EI.
Em contraponto, o grupo radical Estado Islâmico, autor dos ataques que deixaram 129 mortos em Paris na sexta-feira (13), divulgou novo vídeo de ameaças.