Carine Corrêa
Graduado em Direito pela PUC de Campinas, Alvaro Santucci Noventa Jr. iniciou sua carreira em 1989, como delegado titular em Corumbataí, mas também fazia mensalmente plantões na delegacia de Rio Claro. Na região ele permaneceu até 1991 e começou atuar na região de Campinas.
Ocupou a mesma função em Valinhos durante 11 anos e posteriormente em Vinhedo, onde permaneceu no cargo durante doze anos. Retornou para Valinhos até sair sua promoção na primeira classe, em agosto do ano passado. Depois disso foi para Campinas e então veio para Rio Claro assumir a seccional em 14 de fevereiro de 2015.
Jornal Cidade – Até hoje, qual foi o maior desafio na sua carreira?
Alvaro Noventa – O maior desafio na minha carreira foi o caso do Hopi Hari, que em tese foi um acidente e exigiu muito trabalho da Polícia junto aos peritos do Instituto de Criminalística (IC). Foram dois meses incessantes de oitivas e diligencias envolvendo desde funcionários e diretoria.
JC- O caso da morte de uma adolescente no brinquedo do Hopi Hari em 2012 ganhou repercussão nacional. Na época, conduziu as investigações desse caso. Com os holofotes, algo mudou em sua carreira?
AN – Nada mudou em minha carreira. Foi um caso de repercussão, até mesmo a nível mundial. Foi um trabalho difícil e uma cobrança muito forte não só da imprensa, como também da comunidade.
JC- Por que escolheu essa profissão?
AN- Desde a adolescência, sentia um atrativo por assuntos policiais.
JC – Pela primeira vez, ocupa o cargo de delegado seccional. Como tem sido administrar a Polícia Civil da região de Rio Claro?
AN – Eu recebi com muita alegria esse convite, não estava esperando. Estava como titular do 12ºDP de Campinas, e recebi o convite com muita satisfação. Agora faço parte de um dos braços da administração. Administrar é gerir e conduzir da melhor maneira os assuntos de interesse da administração pública como um todo.
JC – Como vê a atuação da Polícia Civil?
AN – A Polícia Civil é uma polícia investigativa que em tese atua após o crime ter ocorrido, mais precisamente, no esclarecimento do crime. Entretanto, ao meu ver, também podemos contribuir na prevenção do crime, auxiliando as forças policiais como PM e GM.
JC – Qual é a estrutura disponível hoje da Polícia Civil em Rio Claro (efetivo de delegados e investigadores)? Esta estrutura é suficiente para atender as ocorrências?
AN – Atualmente o quadro está bom, mas poderia estar melhor se tivéssemos um suporte mais adequado no que diz respeito a escrivães, delegados e investigadores de polícia. Necessitamos nos adequar em todos os aspectos, haja visto que muitos servidores estão na iminência de aposentadoria. Bom frisar, que contamos com o apoio da Prefeitura Municipal que cede funcionários para desempenharem suas funções exclusivamente na área administrativa. Sem esse apoio seria muito difícil manter os trabalhos.
JC- A Delegacia da Mulher está prevista para ficar pronta em setembro. O senhor tem acompanhado o andamento das obras?
AN – Sim. As obras praticamente estão concluídas. O que falta no momento é a questão relacionada à energia elétrica. Solicitei recentemente verbas para aquisição de computadores. A questão mais preocupante é sobre o número de funcionários. Estamos nos empenhando com relação a isso. Pretendemos sediar o Plantão Permanente no mesmo prédio que sediará a Delegacia de Defesa da Mulher. Seria conveniente para ambos os setores da polícia.
JC – Deixe uma mensagem aos leitores.
AN – Não guarde mesas em restaurantes utilizando para isso de seus pertences como celulares, óculos, bolsas. / sempre acompanhe seus entes mais idosos a agências bancárias/ não deixe pertences à mostra no interior de seu veículo / não estacione em local ermo e sem iluminação e segurança / as mulheres não devem manter uma rotina ao se dirigirem à pé para o trabalho, pontos de ônibus, etc../ nunca reaja a um assalto, o meliante geralmente está em posição mais favorável.