Ramon Rossi
À primeira vista, parece mais um centro comercial, só que “descolado”: Um cafezinho charmoso, uma decoração moderna e convidativa, uma biblioteca comunitária com livros adultos e infantis. É chegar, pegar e levar. Pode-se deixar livros também. Aí, olhando melhor, se vê um estúdio de crossfit. A poucos passos de um pequeno salão de manicures. Que por sua vez, é vizinho de uma loja compartilhada, que fica em frente a um estúdio de podologia e de uma escola de ginástica rítmica. Esta, por sua vez, contígua a um auditório e a várias salas de reunião. E ainda tem mais, ali mesmo.
O que pode parecer confuso, na verdade, é um muitíssimo bem organizado coworking, termo inspirado na palavra que significa “trabalhando”, mas de forma compartilhada. E o conceito de compartilhamento vem acompanhado também de outro, o da colaboração.
O coworking, com cerca de 1.200 metros quadrados, foi montado na região central de Araras há cerca de um mês, após pesquisas e decisão do casal de empresários Erika Pignataro Massaro e Felipe Martinelli Massaro. O centro de serviços compartilhados visa conectar pessoas para gerar negócios.
“É um hub de empreendedorismo. Nós apoiamos e viabilizamos a transformação de ideias em ações, atuando em rede colaborativa. Hoje são 14 negócios que compartilham o mesmo espaço e serviços”, conta Erika.
Custos
De quebra, os empreendedores que atuam no local acabam dividindo não só o sonho de ter o próprio negócio, como também os muitos e normalmente altos custos que isso impõe, e que muitas vezes sepultam os planos antes de começarem a se efetivar.
Tendência
Os coworkings vêm se espalhando pelo mundo na última década, mas nos últimos anos, como alternativa sustentável e contemporânea para viabilizar o empreendedorismo. No interior, particularmente em cidades menores como Araras, é novidade que desafia culturas arraigadas, mas que parecem estar mudando rapidamente.