Uma questão que se arrasta desde o governo de Juninho da Padaria e agora prossegue na administração de Gustavo Perissinotto tem colocado em risco a continuidade de um trabalho educacional que é tradição em Rio Claro e um dos poucos realizados no Brasil. O Jornal Cidade acompanha a situação enfrentada pela Escola Municipal Agrícola Engenheiro Rubens Foot Guimarães, localizada na estrada que liga Rio Claro ao Distrito de Ajapi, para manter os animais que são parte integrante das atividades desenvolvidas com os alunos.
A instituição educacional, além do Ensino Fundamental, tem um diferencial como explica a diretora Rebeca Arnosti: “Aqui valorizamos o contato com a natureza, com o plantio de diferentes culturas vegetais, com a criação de animais, algo que vai ao encontro da educação integral do ser humano, pois extrapola processos vinculados à cognição, na medida em que se vivencia aquilo que se aprende, com o envolvimento de todo o corpo e de todos os sentidos nesses processos”.
Atualmente a Escola Agrícola tem em suas dependências três porcos adultos (duas matrizes e um cachaço) e quatro leitões. Também conta com duas vacas, um touro, três bezerras, 10 galinhas (esse número já chegou a ser bem maior – 47), um cavalo, um tanque de peixes e um 1 meliponário.
Tudo isso tem um custo que está difícil de ser mantido: “Tem sido demasiadamente difícil prover cerca de R$ 1,000,00 ao mês para a alimentação dos mesmos. A ideia é buscar parcerias com universidades e outros técnicos a fim de encontrarmos formas de reduzir ainda mais os custos.
Para os suínos, por exemplo, temos buscado parcerias com restaurantes que poderiam nos fornecer a sobra da comida do dia, mas ainda não conseguimos ajuda. Entendemos que, se o município acredita em nossa escola e em nosso trabalho, precisaríamos de auxílio nessa questão. Estamos abertos a visitas do prefeito, vice-prefeito e outras autoridades para que venham conhecer nossas necessidades e importância desta continuidade”, reforçou a diretora.
Interessados em ajudar podem entrar em contato com a gestão da escola através do telefone 99874-1077 (Rebeca – diretora)
O que diz a prefeitura
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação afirmou que está analisando a situação em busca de alternativas. Por questões legais, os recursos da área da educação não podem ser utilizados para custeio de alimentação desses animais, o que não é mais aceito pelo Tribunal de Contas.