Sidney Navas
Quem tem um cachorro em casa sabe muito bem da importância dos passeios frequentes o que evitam estresse ao animal. E aí que surgem os chamados ‘passeadores de cães’
Assim que você chega em casa, lá está ele ‘abanando o rabo e louco para dar uma voltinha’. Os cães de estimação, independente do tamanho, precisam passear praticamente todos os dias, mas nem todo mundo tem tempo e até mesmo ‘paciência’ pra isso. Deixar seu ‘melhor amigo’ trancafiado não é uma boa alternativa e não vai demorar muito para ele demonstrar insatisfação com essa situação se tornando agressivos em alguns casos. É justamente nessas circunstâncias que entram em cena os profissionais intitulados como ‘dog walker’ ou passeadores de cães (num bom português). Aqui em Rio Claro quem desempenha essa função há um certo tempo é a vigilante patrimonial Eliana Mendes, que em seus horários de folga ‘faz a alegria’ não só dos bichos como de seus donos.
“Não é apenas uma coisa nova, Na verdade é um serviço de passeio e socialização. Tudo surgiu depois que eu vi um desenho animado na TV daí me veio essa ideia. Mais isso já existia nos Estados Unidos e eu nem sabia que aqui no Brasil o pioneiro nesse assunto foi em São Paulo com Fernando Baiardi que hoje ministra cursos nessa área e também e adestrador”, conta a mulher. Os resultados não poderiam ser os melhores e ajudam a evitar ‘dor de cabeça’ e transtornos futuros. “Um animal que fica muito tempo sem passear podem apresentar desvios de comportamentos como, por exemplo, a intolerância com as crianças, começar a cavar buracos ou avançar nos outros. É preciso ficar atento”, assegura a profissional.
Ainda segundo suas informações quem mais procura por ela, são as pessoas que moram sozinhas, trabalham o dia todo e idosos que por algum motivo não podem ou não tem tempo ou disposição para passear com os bichinhos. Mas não se engane. Não é apenas uma simples volta. “Eu faço os passeios tidos como comportamentais corrigindo maus hábitos adquiridos devido ao estresse do animal e manias como puxar a guia sem controle”, explica Eliana. “Os passeios são cobrados por hora e è feito individualmente ou em grupos de até dez cães já socializados e os benefícios para o dono e o animal podem ser percebidos em uma semana depois, mas é claro que esse espaço de tempo pode variar de acordo com o histórico e comportamento de cada cão’, frisa.
Eliana Mendes fala que aqui no Brasil o serviço de ‘dog walker’ não é visto e nem regularizado como profissão devido à burocracia enfrentada, mas na Na Argentina já é tido como profissão oficial. “Por conta da grande procura, acredito que logo se torne uma profissão regulamentada por aqui também”, espera. Gostou na notícia? Ok! só tenha cuidado e, se for sua necessidade, procure a ajuda de profissionais especializados. “Nunca entregue seu companheiro de estimação nas mãos de pessoas despreparadas. Procure sempre um profissional treinado e responsável, pois o bem estar do seu cão tem sempre que estar em primeiro lugar”, aconselha.