“Estamos pagando para trabalhar”, diz motorista de app sobre alta dos combustíveis

Vinícius Feitosa, de 22 anos, é motorista de aplicativo há dois anos e relata dificuldades

Motorista de aplicativo há 2 anos, Vinícius Feitosa, de 22 anos, vem encontrando certa dificuldade financeira para manter o seu sustento devido à alta no preço dos combustíveis. “Hoje o valor mínimo que o aplicativo paga para nós é de R$ 3,75. Este valor não paga nem o litro do etanol”, diz Feitosa, que percorre em média de 150 km a 200 km por dia em Rio Claro.

Para tentar economizar e ter um lucro, Vinícius Feitosa trabalha nos horários de pico, quando a procura do aplicativo é maior. “Trabalho mais das 6 da manhã até as 9, das 11h30 às 14 horas e das 17 horas, quando fecha o comércio no Centro, até as 20 horas. São esses os horários de maior movimento”, explica Feitosa.

Nos últimos dias, a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis e a diferença já pode ser sentida no bolso. Na região central o preço da gasolina tem uma variação de R$ 0,30, sendo a mais cara custando R$ 5,29 e a mais barata R$ 4,99. Já no etanol a diferença é de R$ 0,34, com valor mais alto de R$ 3,99 e o mais baixo de R$ 3,65. O diesel é o que tem a maior diferença de preço, sendo de R$ 0,60, com valores de R$ 4,59 e R$ 3,99.

FLEX

Vinícius Feitosa relata que pelos valores abastece com gasolina, já que seu carro é flex. “Com etanol meu carro faz 9 km por litro e com a gasolina faz 13 km por litro. Se colocar na ponta do lápis, acaba fazendo diferença”.

Em Rio Claro existe a Associação Rio-clarense dos Motoristas Autônomos por Aplicativos (ARMAA), com cerca de 250 motoristas da categoria e que tem como objetivo negociar com postos de combustíveis um valor mais barato. “Alguns postos em Rio Claro oferecem descontos, já outros não. Estamos lutando para que outros possam aderir”, conclui Feitosa, que é secretário da associação.

Redação JC: