Estudantes buscam parceria após criação de prótese

Empatia, sororidade e resgate da autoestima de mulheres que passaram pelo trauma do câncer de mama. Esses ingredientes foram os principais para a receita de sucesso realizada pelas alunas do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Puríssimo Coração de Maria, Júlia Reis Marques, Nicole Fernandes e Patrícia Bertasso, que através do Outubro Rosa, desenvolveram uma prótese biocompatível de aréola para mulheres que passaram por mastectomia devido ao câncer de mama.O material é feito de um silicone específico e o projeto recebe o nome de Afrodite.

E além de dar super certo, o foi apresentado, premiado e publicado internacionalmente. “O processo todo começou dentro do nosso laboratório da escola, onde estudamos e aplicamos nossos conhecimentos na área da tecnologia. O nome que o estudo recebe é Tecnologia 4.0, onde contamos com uma estrutura incrível, com impressoras 3D, entre outros equipamentos, sem falar no incentivo que recebemos do colégio e dos profissionais, que está sempre nos ensinando e nos orientando da melhor maneira”, explicaram as jovens.

RECONHECIMENTO

Na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), o Projeto Afrodite faturou o segundo lugar na categoria saúde e também foi publicado International Journal of Advanced Engineering Research and Science (IJAERS).

PARCERIAS

Em busca de recursos e parcerias para desenvolver o projeto e fazê-lo chegar até as mulheres que necessitam as próteses, as jovens alunas, em breve também irão galgar vagas em universidades país à fora. Uma querendo ser historiadora, outra médica e a terceira, artista visual.

“Estamos muito felizes com a repercussão de tudo e acreditamos que o próximo passo são parcerias para a execução do nosso projeto”, disseram. Filippi Benevenuto Ongarelli foi o professor responsável por orientar o projeto e fala sobre o incentivo. “Toda essa tecnologia oferecida e conhecimento juntos, permitem que nossos alunos pensem fora da caixa, pensem no mundo fora do colégio e isso é muito gratificante para todos nós como sociedade”, finaliza.

Laura Tesseti: