Estudo avalia Cannabis para combater carrapatos em pets

Estudo avalia Cannabis para combater carrapatos em pets

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre a aplicação medicinal da Cannabis sativa. E, ao contrário do que muitos pensam, sua utilização vem desempenhando diversos papéis na sociedade e, na cidade de Rio Claro, mais precisamente na Unesp, um grupo estuda os efeitos positivos em relação ao combate de carrapatos em pets.

Segundo o grupo, conhecidas desde a antiguidade, as plantas da espécie C. sativa vêm ganhando cada vez mais atenção devido aos benefícios comprovados, principalmente por possuírem grande quantidade de substâncias específicas naturais (terpenos), o que lhes conferem potencial de serem repelentes.

Nessa direção, o grupo de pesquisadores da Brazilian Central of Studies on Ticks Morphology (BCSTM), sediada no Departamento de Biologia Geral e Aplicada do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro e liderada pela Profª Drª Maria Izabel Camargo-Mathias, vem desenvolvendo projetos em colaboração com a equipe de pesquisadores da Associação Canábica Maria Flor, fazendo para tanto uso do extrato dessa planta, em várias concentrações, e com o objetivo de combater os chamados carrapatos do cão que, quando infestam esses animais, trazem aos mesmos muitos prejuízos à sua saúde. Além disso, essa busca por alternativas mais limpas e sustentáveis, que não aquelas que fazem uso de acaricidas químicos sintéticos, vem estimulando o uso de bioativos não só extraídos de plantas, mas também de outros animais. Além desse potencial acaricida, o mesmo grupo está estudando como o extrato da C. sativa pode auxiliar na cicatrização das lesões deixadas na pele dos animais, quando estes são infestados (picados) pelos ectoparasitas (carrapatos).

A BCSTM conta hoje com a participação de cerca de 12 alunos e pós-doutorandos, nos diferentes níveis da academia. E estes trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no laboratório da Unesp contam com subsídios de importantes agências de fomento e pesquisa no país, a saber CAPES e CNPq.

Laura Tesseti: