Fabíola Cunha
Má postura, sedentarismo, falta de alongamento e força muscular, dores nas costas. Problemas normalmente associados aos adultos são agora encontrados em crianças também.
Não à toa, o Pilates acaba sendo incorporado à rotina de muitas crianças para garantir desde cedo a correção postural, equilíbrio e até mesmo diminuição do stress, a partir do método criado por Joseph H. Pilates, que associa, entre outras práticas, balé e yoga.
A fisioterapeuta Michelle Bianconi explica que os benefícios físicos acabam sendo parecidos com os encontrados por adultos: “A parte de benefício é parecida com a do adulto, a parte de alongamento, postura, fortalecimento, tonificação muscular; a criança vem com algum problema postural e então trabalhamos a parte de alongamento e consciência do corpo”, explica.
Além disso, os exercícios trabalham a concentração e atenção, itens essenciais para o cotidiano infantil: “Normalmente a criança tem mesmo uma falta de atenção e como o Pilates trabalha a parte da respiração, ela passa a ter consciência do que está fazendo tanto aqui na aula, quanto fora, na escola, em casa”, ressalta Michele.
Não há regra para idade mínima, mas a fisioterapeuta atua com crianças de 7 anos ou mais, dependendo da resposta delas ao exercício: “Há crianças com 7 anos que não se adaptam, e outras que têm mais concentração e até fazemos exercícios lúdico, com atividades diferentes dos adultos, para prender a atenção”, explica.
As aulas duram em média 50 minutos e o ideal são duas vezes por semana. Quando há mais de uma criança da mesma faixa etária, elas fazem aulas juntas: “A aula pode ser dada com a criança sozinha ou crianças da mesma idade, mas não se costuma dar aula com um aluno adulto”, diz Michele.
Para os pais ou responsáveis que querem conhecer melhor o local e o profissional que ministra as aulas de Pilates a seus filhos, a sugestão de Michelle é simples: “É interessante os pais fazerem uma aula experimental para conhecer a prática e saber o que o filho vai fazer”.
O Pilates é dividido entre o Studio (com aparelhos específicos) e o Mat (no solo), podendo ser combinado conforme o plano de exercícios desenvolvido pelo instrutor, cuja formação pode ser de fisioterapia ou educação física, passando por cursos.