Dois pacientes transplantados de Rio Claro que dependem de medicamentos contra rejeição ao procedimento médico estão enfrentando problemas quanto ao acesso a esses remédios. Um deles é o senhor Samuel Monteiro, de 54 anos de idade.
Com certa frequência ele utiliza o serviço de transporte da Prefeitura Municipal para ir até São Paulo, no Hospital das Clínicas, buscar o medicamento. Há dois anos que Samuel fez transplante de fígado. Na madrugada dessa sexta-feira (27), o transporte não teria sido disponibilizado para ele.
“Achei uma falta de respeito. Sempre me deram assistência e dessa vez não. Só tenho remédios para mais dois dias. E depois? Houve uma falha, é um desrespeito com a necessidade que tem o transplantado”, afirmou. O paciente foi até o Núcleo Administrativo Municipal, mas não conseguiu resolver o problema e até mesmo um boletim de ocorrência foi registrado.
Já a família de uma criança de 7 anos, residente no Parque Mãe Preta, também pede providências quanto ao fornecimento de medicamentos. O garoto é transplantado de rim há cinco anos. No entanto, durante os meses de agosto e setembro, ficou sem o remédio Tacrolimo, fornecido pela Fundação Municipal de Saúde.
“Nessa semana ligamos um dia antes de pegar o remédio e ainda não havia chegado. No dia marcado para retirar, também não. A funcionária que me atendeu disponibilizou 30 comprimidos, quando meu filho precisa de 180 por mês. Depois de muito insistência conseguimos mais”, explica Carolina Siqueira, mãe do paciente. O medo da família é que não tenha mais o medicamento.
Saúde
Aposentado de 54 anos necessita de remédio que é disponibilizado somente em SP. Família de criança de 7 anos retira medicamento no serviço de saúde municipal.
Fundação
A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com a Fundação Municipal de Saúde para que a mesma se posicionasse a respeito dos problemas dos pacientes. Em nota, a Fundação Municipal de Saúde esclarece, a respeito da reportagem veiculada nesse sábado (28), que o serviço de transporte direcionado a pacientes foi até o ponto de encontro do munícipe Samuel Monteiro na madrugada de sexta-feira (27) e o mesmo não estava no local, conforme testemunho da motorista e de outros 15 passageiros. Sua chegada foi aguardada por cerca de 10 minutos, o que não ocorreu e o veículo seguiu viagem. A Fundação de Saúde reitera que não há, portanto, responsabilidade sobre o caso.