Sidney Navas
O assunto ainda é polêmico e continua rendendo muita discussão. Alegando que a cidade não oferece opções de lazer suficientes aos finais de semana, muitos jovens se concentram em vias públicas como, por exemplo, na Avenida Presidente Kennedy e em frente ao Shopping Center, na Francisco Matarazzo.
Vale lembrar que o mesmo acontece em algumas lojas de conveniências do Centro da cidade e nas imediações da Rua 14 no Jardim SP, como também na Avenida 40 no bairro BNH e na Tancredo Neves. Quem mora perto desses locais nem sempre fica satisfeito com a aglomeração de jovens que, embalados com o som alto vindo do interior dos carros, acabam cometendo excessos e consumindo bebidas alcoólicas em demasia.
Nivaldo Mazzini, que mora perto de uma loja de conveniências na Rua 14, no Jardim São Paulo, diz que a algazarra começa na noite de sexta e o mesmo se repete até a madrugada de segunda-feira. “Aqui ninguém tem sossego. Além do som alto, existe a suspeita de uso de drogas ilegais. Estamos pensando em fazer um abaixo-assinado para que as autoridades tomem as providências cabíveis ao caso. À noite ninguém consegue dormir direito. É uma grande bagunça, até mesmo com a presença de menores”, dispara o munícipe.
O pintor Anderson da Silva reside próximo à Avenida Presidente Kennedy, que também enfrenta o mesmo dilema aos finais de semana. “Não somos contra os encontros. Eles são jovens e têm o direito de se divertir. Mas muitos abusam e, antes, até mesmo rachas eram presenciados durante a madrugada por aqui”, comenta.
A versão da polícia
Tanto a Polícia Militar quanto a Civil destacam que essas concentrações não podem ser proibidas, desde que a lei não seja desobedecida. A delegada responsável pelo expediente da Delegacia Seccional, Sueli Isler, frisa que as autoridades inibem sim o consumo de drogas em locais públicos, além da embriaguez ao volante, já que alguns desses jovens ingerem bebidas alcoólicas e depois saem dirigindo seus carros. “Sempre que a Polícia Militar ou a Guarda Civil Municipal apresenta casos parecidos como esses, são tomadas todas as providências cabíveis”, explica a delegada.
César Augusto de Oliveira Bovo, da seção de comunicação social do 37º Batalhão da PM, esclarece que a corporação realiza a prevenção de crimes não só naquela área, como também em todo perímetro urbano, mas ressalta que, todavia, a demanda de ocorrências e o tempo de atendimento nas delegacias, por vezes, acabam inviabilizando um atendimento mais abrangente ao cidadão, sobretudo em locais de grande concentração. O comando afirma ainda que diversas operações são feitas na cidade com a utilização dos bafômetro, tendo conduzido todos os infratores até a delegacia.